Olá pessoal, tudo bem? Eu sou a Tay Rodrigues e quero te fazer uma pergunta: você acha que o “risco” no investimento é tudo igual? Será que a poupança tem risco? Será que o risco do Tesouro Direto é o mesmo tipo de risco das ações? Vem comigo que eu vou explicar tudo no vídeo de hoje!
Antes de qualquer coisa, é preciso lembrar que aqui o risco está relacionado à incerteza de retorno. Retorno do que? Do seu dinheiro! Isso acontece porque, quando você investe em renda fixa, por exemplo, você está EMPRESTANDO o seu dinheiro para um banco, o governo ou uma empresa, certo?
A palavra “risco” no universo financeiro remete-se, de bate pronto a uma ideia: perder dinheiro. Será que o risco relacionado à incerteza de retorno nos investimentos é tudo igual?
Risco Sistêmico e Risco Não Sistêmico:
Antes de qualquer coisa, separe o risco em duas grandes categorias na sua cabeça: risco sistêmico e risco não sistêmico.
O risco sistêmico é aquele que afeta a economia do País de modo geral: ninguém escapa. Alguns setores e empresas podem sentir mais o impacto do que outros, mas todo o sistema é afetado.
A pandemia do Covid-19, por exemplo, foi um risco sistêmico, por exemplo. Não é um colapso tão comum de acontecer, apesar de ser catastrófico para a economia global.
Em contrapartida, o risco não sistêmico, apenas um ponto específico é atingido e não todo o sistema. A três possibilidades principais são: risco de mercado, risco de liquidez e risco de crédito.
Risco de Mercado:
O risco de mercado é quando o investidor pode perder dinheiro em função das oscilações do mercado financeiro.
Oscilações relacionadas a taxa de juros de um país, câmbio ou mercado acionário. Simplificando: da taxa de juros; da cotação do dólar; do preço das ações; ou das taxas dos títulos públicos subirem ou caírem.
A melhor maneira de se proteger contra o risco de mercado é construir uma carteira diversificada com diferentes classes de ativos.
Nesse sentido, a diversificação funciona como uma balança de equilíbrio: caso algum deles tenha um desempenho ruim, o resultado é compensado com outro ativo que apresentou uma performance mais satisfatória.
Além disso, sempre acompanhe sempre as notícias de macroeconomia para antecipar quando possível, essas oscilações e não prejudicar os seus resultados.
Risco de Liquidez:
Liquidez basicamente é a facilidade que você tem de comprar e vender alguma coisa, ou seja, é a capacidade de um ativo que você comprou, ser transformado em dinheiro quando você quiser vendê-lo.
Quanto mais fácil e rápido for esse processo (e sem que haja perda do seu capital investido), maior é a liquidez, como nos investimentos de liquidez diária ou com o prazo de resgate D+0 (imediato), porque você pode mexer naquele dinheiro que está rendendo quando você quiser e sem nenhum prejuízo.
Portanto, o risco de liquidez aparece quando você precisa se desfazer de um investimento antes do prazo estipulado. Nesse caso, o resultado é você perder dinheiro.
Para evitar esse tipo de risco é muito importante que você respeite o prazo do investimento escolhido. O ideal é ter sempre uma reserva de emergência, ou seja, num investimento de liquidez diária. No caso de uma emergência você não precisará mexer nas aplicações que tenham um prazo de resgate de médio ou longo prazo. Com isso, com certeza, você não vai comprometer os rendimentos.
Risco de Crédito:
O Risco de Crédito, conhecido popularmente como “calote”, pode acontecer nos
investimentos da categoria Renda Fixa: você empresta o seu dinheiro para alguma instituição e não tem seu dinheiro de volta. Resumindo: o risco de crédito é a possibilidade do não cumprimento de um pagamento combinado.
Para se proteger contra o risco de crédito você precisa estar sempre atento na avaliação da instituição emissora do investimento escolhido.
As empresas Moody’s e a Fitch Ratings fazem essa avaliação para você. Além do mais, a
proteção é reforçada quando você faz a opção por investimentos protegidos pelo FGC. Vale lembrar que essa proteção custa até 250 mil reais por CPF e em cada instituição financeira.
Os riscos dos principais investimentos (resumido):
Poupança: sem risco de mercado e de liquidez, mas tem risco de crédito.
Tesouro Direto: tem risco de mercado se você resgatar o dinheiro antes do prazo nos títulos prefixados e atrelados ao IPCA; sem risco de liquidez e nem mesmo de crédito.
Renda fixa em geral: pode ter risco de mercado, se permitir o resgate antecipado; tem risco de liquidez porque só permite o resgate no vencimento (exceto os de liquidez diária); e tem risco de crédito, que é amenizado pelo FGC quando for de emissão bancária, ou pelas agências de risco que avaliam os ratings, isso quando for as de crédito bancário (CRI, CRA, Debêntures).
Ações: tem risco de mercado, bem como de liquidez, e não tem risco de crédito, já que você não está emprestando dinheiro, mas sim está virando sócio da empresa.