“Investir não é um jogo de sorte e nem um cassino. O investidor precisa ter noção de onde está aplicando seu dinheiro”
Após leve baixa, a Bolsa de Valores bateu recorde de 102 mil pontos e segue operando acima dos 100 mil. Em clima de alta, o número de pessoas físicas investindo cresce e ajuda a valorizar as ações do mercado. Estima-se que o aumento no número de investidores no primeiro semestre foi de 170 mil pessoas, o que é surpreendente quando se trata de um investimento de risco, visto a inconstância que tem se mostrado nos últimos anos. A Bolsa não parecia ser uma boa forma de investimento há algum tempo atrás, mas com os atuais acontecimentos e a tramitação de Reformas se mostrou um investimento possível e rentável.
Como investir durante a alta da Bolsa de Valores?
Para o mercado, maior beneficiário da alta, define-se a política de demanda e oferta, ou seja, mais pessoas querem investir, logo precisa-se oferecer ações, por isso diversas empresas aumentam o valor de seu papel para lucrar mais com as vendas. Nessas horas o investidor precisa pesquisar muito bem sobre onde investir e de preferência, fazer isso juntamente com um profissional. Pedro Coelho Afonso, Economista-Chefe da PCA Capital, afirma que o investidor precisa ter boas estratégias para iniciar com as ações. “Investir não é um jogo de sorte e nem um cassino, o investidor precisa ter noção de onde está aplicando seu dinheiro, ele precisa procurar indicações de fontes confiáveis e pesquisar sobre”, explica. O aumento de mais de 40% de pessoas físicas investindo no mercado acionário é justificado não só pelas Reformas, mas também pela queda de Selic, o que gera confiança em quem deseja investir, já que as medidas visam estabilizar o quadro econômico do país.
Como usar as oscilações a seu favor?
Para Afonso, é necessário ousar mais nos investimentos, mas de uma forma responsável. “Hoje as pessoas querem pelo menos testar uma forma mais arriscada de investir esperando uma rentabilidade maior que nos investimentos de renda fixa”, diz. Pedro comenta que o investidor precisa saber aproveitar as oscilações e usá-las a seu favor e explica como a estratégia do preço médio pode ser uma boa forma de fazer isso. “O investidor, em primeiro lugar, precisa estar a par de como a empresa onde investe está se movimentando, então quando as ações caírem e ele precisar usar dessa estratégia, não corra o risco de tomar um grande prejuízo. Vale lembrar que a estratégia consiste em comprar as ações em diferentes estágios, se o investidor estiver atento e informado sobre a empresa, vai saber lidar com estas oscilações”, finaliza o Economista-Chefe.