Produtos de crédito são carro-chefe neste primeiro momento do open banking no Brasil

De acordo com o Grupo FCamara consultoria especializada em inovação e tecnologia para promover transformação cultural, digital e cognitiva, que tem uma área de atuação focada em Open Banking, neste momento, jovens de classe média e alta continuarão na mira das fintechs para produtos de crédito. No entanto, recém-bancarizados também passam a ser um púbico interessante tanto para as instituições tradicionais quando para as fintechs. Pandemia também impulsionará a aderência das pessoas aos serviços que utilizarão o open banking.

Embora o open banking esteja apenas dando seus primeiros passos no sistema financeiro brasileiro, já é possível ter algumas impressões a respeito de como o mercado se movimentará daqui para a frente. Assim, por meio de seu braço voltado ao open banking, a FCamara, consultoria especializada em inovação e tecnologia para promover transformação cultural, digital e cognitiva, já tem dados interessantes neste momento.

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Open Banking

A partir da segunda fase de implantação, em que o relacionamento entre pessoas e instituições financeiras poderá ser compartilhado, a adoção do open banking será bastante direcionada pelas fintechs, que no momento focam as classes A, B e C com produtos de crédito e têm maior penetração na faixa etária de 20 a 30 anos de idade, por afinidade de comunicação e imagem.

Para os demais públicos, nota-se que ainda é necessário que se criem mecanismos de inclusão. A pandemia já iniciou este processo, pois bancarizou uma porção razoável da população mais carente para o pagamento do auxílio emergencial. Para se ter uma ideia do volume de pessoas alcançadas, apenas a Caixa Econômica cadastrou contas digitais para cerca de 100 milhões de pessoas, numa marca histórica para o sistema financeiro brasileiro.

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BC

Quanto à divulgação do open banking, o Banco Central tem esclarecido o novo modelo por meios digitais, o que a torna pouco eficaz na cobertura da população que ainda tem acesso escasso à internet. Aliás, mesmo entre os bancarizados, uma parcela considerável está fora da inclusão digital e utiliza somente os meios tradicionais – agências bancárias, caixas eletrônicos, lotéricas – para tratar de sua vida financeira mostrando quão deficiente na educação financeira, mesmo para as classes mais altas, é o Brasil.

Ainda, é possível olhar para o sistema financeiro pioneiro em open banking, o Reino Unido, onde são oferecidos principalmente serviços de crédito em geral, seja por oferta de produtos diretamente, seja por oferta indireta no check-out ou na maquininha no comércio.

Referência

Porém, os dados de Reino Unido são uma referência e não se aplicam diretamente ao Brasil. É preciso analisar diversos fatores para se realizar projeções no Brasil, por exemplo, aspectos culturais, regulamentações do mercado financeiro, empresarial, profissional, maturidade da tecnologia aplicada a instituições financeiras, mecanismos financeiros nacionais etc.

“Vemos que, mesmo o open banking sendo principalmente pensado para fomentar o ecossistema de fintechs, as instituições financeiras tradicionais também terão benefícios. Já temos ideia de como será a movimentação, mas ainda haverá muitos desdobramentos durante este ano de implantação”, afirma Ricardo Bendoraitis, Head Open Banking Strategy do Grupo FCamara.

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