A CCR (CCRO3) venceu a disputa pelos lotes Sul e Central no leilão de aeroportos na B3 (B3SA3) nesta quarta-feira, enquanto a Vinci Airports arrematou o Bloco Norte.
A subsidiária da CCR, Companhia de Participações em Concessões, ofereceu pagar R$ 754 milhões pelo Bloco Central, ante valor mínimo de outorga de R$ 8,1 milhões.
A empresa também venceu a disputa pelo Bloco Sul, com oferta de outorga de R$ 2,128 bilhões, ante valor mínimo de R$ 130,2 milhões.
A Vinci Airports venceu a concorrência pelo Bloco Norte, com oferta de R$ 420 milhões, ante valor mínimo de R$ 47,8 milhões.
Infra Week
O setor de infraestrutura terá uma maratona de leilões em abril, a Infra Week. Só nesta semana, serão realizadas três concorrências: de 22 aeroportos; da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) e de cinco terminais portuários. Juntos, os projetos devem contratar R$ 10 bilhões em investimentos.
Até o fim do mês, também estão marcadas outras três licitações: das linhas 8 e 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), da BR-153 (entre Goiás e Tocantins) e dos quatro blocos de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).
De acordo com o Valor Econômico, no caso dos leilões programados para o fim do mês, há chance de atrasos por eventuais questionamentos e liminares judiciais, que são habituais. A concessão da Cedae, por exemplo, é vista como um alvo certo. Mesmo com os riscos, a expectativa é que a cifra de investimentos contratados em abril chegue a R$ 20 bilhões.
Embora cada leilão tenha um contexto particular, de modo geral, a expectativa é que todas as licitações tenham ao menos um interessado. Alguns dos ativos devem ser alvo de disputa acirrada, embora, com o cenário de crise e pandemia, a tendência seja de ágios mais contidos.
“Estamos bastante animados. É claro que a pandemia afetou, é por isso que adiamos alguns leilões, que teriam ocorrido no ano passado, e revisamos os estudos. Mas infraestrutura é longo prazo, são contratos de 30, 35 anos”, afirma Natália Marcassa, secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério de Infraestrutura.
“Não vemos risco de algum leilão dar ‘vazio’, mas ainda não conseguimos medir o nível de concorrência”, diz ela.
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