Vivo (VIVT4): empresa quer migrar da telefonia para a tecnologia, diz presidente

Vivo (VIVT4): empresa quer migrar da telefonia para a tecnologia, diz presidente

Após a crise do coronavírus evidenciar o aumento da demanda por internet, a Vivo (VIVT4) está ampliando suas apostas em construção de rede de banda larga fixa no país.

Mas a estratégia de investimento da empresa não envolve apenas vender conexão ou pacote de telefonia.

Christian Gebara, presidente da companhia, pretende transformar a Telefônica Brasil em uma empresa de tecnologia, com serviços financeiros, educação à distância e até estrutura de computador e mobiliário para empresas que desejam manter os funcionários em home office.

Vivo (VIVT4) entra no mercado financeiro com oferecimento de crédito pessoal

Linhas pré-pagas

De acordo com o Globo, o volume de linhas pré-pagas da Vivo atingiu o maior nível dos últimos oito anos entre julho e setembro. Para Gebara, esse movimento aconteceu, mas as ajudas governamentais impulsionaram o consumo, e telecom teve prioridade nesse processo.

O executivo diz acreditar que há possibilidade de o Brasil crescer. São necessárias as reformas administrativa e tributária. “Estamos esperando que essas reformas ocorram para a reativação da economia. Na pandemia, tivemos recorde de vendas de fibra. Por isso, é preciso criar infraestrutura que permita a digitalização com a expansão da rede”, disse.

Pandemia

Para ele, dentro desse processo de volta gradual da abertura da economia, a companhia deverá imprimir uma característica diferente de outros setores onde a necessidade de ter uma boa conexão se tornou mais evidente.

“Vimos uma retomada acelerada com os serviços associados à vida digital das pessoas. Agora, elas colocaram relevância maior nisso. Aceleramos alguns anos em alguns meses. Com certeza, algumas barreiras foram derrubadas pela necessidade de estarmos conectados. As empresas que voltaram estão investindo em digitalização. Estamos oferecendo computador, serviço de cloud e, no futuro, vamos ajudá-las a comprar o mobiliário para os funcionários trabalharem em casa”, declarou.

Crédito pessoal

Ao jornal, Gebara lembrou que a Vivo acabou de entrar no filão do crédito pessoal ao lançar o Vivo Money, uma plataforma digital com serviços financeiros.

Na base de clientes da tele, muitos não são bancarizados, como os clientes pré-pago e controle. Empréstimo é o começo. “Posso oferecer uma carteira digital em que ele faz a recarga do celular e pode comprar outros serviços. A partir disso, pensamos em criar novos serviços financeiros em parceria com bancos, por meio de joint venture. Neste momento, estamos sozinhos”, ressaltou.

PIX

Conforme ele, a companhia está trabalhando para permitir pagar a conta da Vivo por meio do Pix. “Estamos conversando com os bancos para abrir essa possibilidade. Vai nessa linha de ter uma carteira Vivo com serviços financeiros”, elencou.

E disse mais: “também estamos trabalhando em um modelo baseado em parcerias. Já começamos a conversar com os grandes grupos de educação. É educação digital à distância. Estamos escolhendo em qual nicho vamos atuar. A ideia é juntar o serviço da conexão com o conteúdo da educação.”

Marketplace

Segundo o executivo, agora, com o marketplace, é possível até comprar geladeira e televisão conectadas.

A ideia maior é criar um ecossistema no qual a Vivo amplia sua atuação, indo além de telecom e sendo uma empresa de tecnologia. Semana passada, a tele lançou uma parceria com o Dr. Consulta, através do programa de assinaturas Yalo. Com essa parceria, os clientes da Vivo poderão realizar consultas presenciais, teleconsultas e exames.

Infraestrutura

A empresa fez uma oferta em conjunto com Claro e TIM de R$ 16,5 bilhões para comprar a operação móvel da Oi. “Estamos ainda no processo de criação de uma nova empresa e buscando um sócio para construir uma rede de infraestrutura de fibra óptica. O objetivo é alugar a capacidade de rede para outras empresas”, disse.

Quanto à empresa de fibra da Vivo, ele frisou que a companhia abriu um processo para buscar sócios.

Foram mais de dez empresas interessadas na primeira fase. Agora, na segunda fase, esse número foi reduzido. São empresas brasileiras e estrangeiras da área financeira e de infraestrutura.

“Até o fim do primeiro trimestre de 2021, vamos ter selecionado o nosso parceiro e começar a operar a empresa. O objetivo dessa empresa é chegar a mais de 24 milhões de domicílios com fibra em quatro anos”, frisou.

Veja VIVT4 na Bolsa:

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