SP Ventures anuncia novo fechamento de fundo e desinvestimento da agtech Brain Ag

Na nova captação, a gestora contou com investimento da IFC (International Finance Corporation)

A SP Ventures, uma das gestoras de Venture Capital mais tradicionais do país, reconhecida globalmente pela especialização na cadeia do agronegócio, iniciou o ano com forte movimentação em seus negócios. Além de um novo fechamento de fundo no valor de R$160 milhões, a empresa acaba de anunciar o desinvestimento da Brain Ag, empresa especializada em data science para suporte de tomada de decisões de crédito agrícola.

Na nova captação, a gestora contou com investimento da IFC (International Finance Corporation), membro do Grupo Banco Mundial e a maior instituição global de desenvolvimento voltada para o setor privado nos mercados emergentes. O capital do novo fundo em empresas inovadoras agtechs almeja atingir o valor de aproximadamente R$350 milhões.

“O fortalecimento do agronegócio é uma das principais prioridades da IFC na América Latina, especialmente pelo enorme potencial para melhorar a segurança alimentar e aumentar a renda daqueles que vivem em áreas rurais. Esse investimento em empresas agtech vai contribuir para a expansão da economia local e melhoria da cadeia de valor agrícola, com ganhos de produtividade significativos”, afirma Carlos Leiria Pinto, Gerente Geral da IFC no Brasil.

SP Ventures anuncia novo fechamento de fundo e desinvestimento da agtech Brain Ag

SP Ventures

Além disso, a SP Ventures acaba de vender a sua participação na Brain Ag para uma das maiores empresas de análises e informações para decisões de crédito do mundo. A negociação foi o primeiro desinvestimento da gestora e gerou um retorno de 89,8% ao ano. A transação também confirma a tendência de surgimento de uma indústria de serviços financeiros intensiva em tecnologia para o agronegócio: as agfintechs.

“Apesar do cenário complexo, com pandemia e incertezas, nosso negócio segue num ritmo acelerado. O desempenho do agro brasileiro e sua aceleração digital são fatores fundamentais para o crescimento do fundo, cuja missão é investir em startups com potencial de reinventar a cadeia de agricultura e alimentos em toda a América Latina. Entre os destaques estão as fintechs agrícolas, os marketplaces e e-commerces, as tecnologias digitais e de biotechs. Este desinvestimento da Brain com esta taxa de retorno demonstra o tamanho da oportunidade,”, explica Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures.

Fechamentos anteriores

Em agosto de 2020, a SP Ventures anunciou o primeiro fechamento deste fundo, no valor de R$90 milhões. A primeira captação reuniu investidores como os fundos globais de Venture Capital de algumas das principais multinacionais do agro, como BASF Venture Capital e a Syngenta Ventures, além de atrair investidores financeiros, como o FoF Capria, líder em Venture Capital nos mercados emergentes e que possui investidores âncoras como Bill Gates, Paul Allen e a Ford Foundation, além da BID Labs, braço de Venture Capital e inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Já o segundo fechamento superou o valor de R$130 milhões e contou com investimentos da Mosaic e Adisseo. “Nosso objetivo é investir em startups com potencial de reinventar a cadeia de agricultura e alimentos em países da América Latina. Essa diversificação de investidores é muito interessante, tivemos, por exemplo, uma das maiores empresas em produção e comercialização de fosfato e potássio combinados (Mosaic), outra líder mundial em soluções nutricionais e aditivos para alimentação animal (Adisseo)”, afirma Jardim.

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Foco em empresas que cumpram os critérios de ESG

Além do retorno financeiro, o fundo também olha com atenção para questões ligadas ao impacto ambiental. Por meio da disseminação de inovações tecnológicas, as empresas investidas deverão tornar a agricultura da região mais verde e sustentável, enquanto aumentam a produtividade e rentabilidade do setor.

Todos os investimentos do fundo serão destinados às empresas que cumpram com os critérios de ESG, ou seja, que tenham as melhores práticas ambientais, sociais e de governança. Como exemplo, entram em seu radar companhias capazes de aumentar a produtividade das áreas agrícolas existentes e diminuir a pressão pelo desmatamento, que reduzam o desperdício de água e otimizem o uso de insumos, restringindo a quantidade de fertilizantes, pesticidas e outros produtos químicos, e que estabeleçam o empoderamento do produtor rural.

Um dos grandes desafios da humanidade está em conseguir aumentar a produção sustentável de alimentos do planeta em até 80% nos próximos 30 anos. Na SP Ventures, todos os sócios e colaboradores do fundo acreditam no propósito desta missão e na importância de investir nas causas ESG. Por isso, o foco está em negócios inovadores e que ajudem a fazer do campo um lugar mais sustentável e justo. O aumento da demanda de alimentos somada às mudanças climáticas gera muita preocupação. Para Jardim, a solução é a combinação do empreendedorismo, tecnologias e um profundo respeito ao meio-ambiente.

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