Nesta segunda-feira (5), a Petrobras (PETR3 e PETR4) anunciou um reajuste de R$0,16 por litro de gasolina, que será vendido por R$ 2,69, e de R$ 0,10 por litro de diesel, comercializado a R$ 2,81. Com isso, a gasolina subirá 6% e o etanol 3%.
Além disso, a empresa informou uma elevação no preço do gás de cozinha, assim o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) sofreu um aumento de R$0,20 por kg. Portanto, custará R$ 3,60 por kg.
Em suma, este é o primeiro aumento no preço fixado da Petrobras na presença do novo gestor na companhia, general Joaquim Silva e Luna.
Explicação da Petrobras
Antes da divulgação do reajuste, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) culpou a Petrobras de alta defasagem 12% no custo da gasolina e 7% no óleo diesel, comparado ao mercado internacional.
“A valorização dos derivados no mercado internacional amplia defasagens. A alta pressiona os preços domésticos de combustíveis e operações de importação seguem inviabilizadas”, afirmou o presidente da associação, Sérgio Araujo.
Quando criticada pela alta dos preços da gasolina e etanol, costuma justificar através de sua política de paridade de importação. Ou seja, para estabelecer um novo preço dos combustíveis, a companhia leva em conta o preço internacional, câmbio e custos logísticos.
Em discurso de posse, o general Joaquim Silva e Luna se comprometeu a reduzir a volatilidade dos preços de combustíveis sem desrespeitar a paridade internacional.
Além disso, um novo argumento é de que as revisões de preço acontecerão com prazos mais longos para evitar oscilações externas ao consumidor.
O que mercado está falando?
Segundo a Credit Suisse, a divulgação da elevação dos preços dos combustíveis é um ponto positivo.
“A notícia ajuda a aliviar a pressão sobre o cumprimento da paridade internacional. A gasolina agora está com desconto de 5%. Enquanto o diesel está com desconto de 3% para a importação”, afirmam os analistas do Credit Suisse.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) destaca que a queda do real em relação ao dólar não esclarece o reajuste dos preços da Petrobras. Além disso, o mercado internacional prevê que o preço do petróleo continuará elevado até o final deste ano.
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