A assembleia da Smiles para tratar da proposta de incorporação das ações da empresa pela Gol, marcada para às 9h desta segunda-feira (15), acabou sendo adiada diante da ausência de quórum.
De acordo com o Valor Econômico, o esvaziamento já era esperado por alguns minoritários ante as insatisfações dos investidores da companhia de fidelidade com o andamento do processo conduzido pela aérea.
Smiles
Segundo minoritários que acompanharam o encontro, apenas 11% das ações em circulação no mercado (free float) compareceram. Para a assembleia ser realizada, era necessário um percentual mínimo de 66%. Na semana passada, em conferência com analistas, o diretor de relações com investidores da Gol, Richard Lark, disse que caso o quórum não fosse atingi
Questionado sobre uma possível negativa por parte dos minoritários, ele disse que a aérea demoraria entre seis meses a 12 meses para montar uma nova proposta e que a situação do mercado tornaria o este prazo um tempo longo de se esperar.
Gol
Hoje seria votada a saída do Novo Mercado da Smiles (a Gol não é do Novo Mercado) e a proposta de junção entre as companhias. A Gol já adiantou que não iria votar e que, por isso, o negócio teria de ser aprovado por maioria simples dos minoritários.
A Smiles virou empresa independente em 2013 e desde 2018 a companhia aérea tenta trazê-la de volta ao grupo. A aérea argumenta que após a reintegração do LifeMiles pela Avianca, a negociação da compra do Club Premier pela Aeromexico, da Aeroplan pela Air Canada e a incorporação da Multiplus pela Latam, a Smiles se tornou o único programa de milhagem.
Os minoritários reclamam de falta de negociação por parte da aérea, que teria apresentado uma proposta, em dezembro, sem margem para debates. Eles apontam ainda que a empresa teria usado o caixa da companhia de fidelidade em benefício próprio durante a crise ao avançar com compras antecipadas de passagens no valor de R$ 1,6 bilhão em 2020.
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