Setor de minério tem aumento de 98% no faturamento do primeiro semestre de 2021

Ao total, o segmento arrecadou R$ 149 bilhões

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o setor mineral teve um faturamento de R$ 149 bilhões só no primeiro semestre de 2021. As informações, que foram divulgadas nesta quinta-feira (22), incluem as maiores mineradoras do Brasil

Isso significa um crescimento de 98% em comparação com o mesmo período em 2020. Dessa forma, entre janeiro e junho do ano passado, o setor mineral conseguiu R$ 75,3 bilhões.

“De uma maneira geral, as commodities vêm sofrendo um aumento de preço. Algumas já registram uma certa estabilidade. Mas comparado com o ano passado, a combinação de preços e dólar leva a esse faturamento expressivo”, afirmou o diretor do Ibram, Wilson Brumer, sobre o motivo do aumento expressivo.

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Comparações

O custo médio do minério de ferro, em toneladas, saiu de US$ 91,04 em 2020 para US$ 183,43 em 2021. Isso significa que teve uma alta de 101,5%. Além disso, outros minérios também subiram de preço, como foi o caso do estanho (76,7%), níquel (41,5%), cobre (65,8%), alumínio (41%) e  zinco (38,7%).

Protagonistas

O estado do Pará se destacou dentro do setor com sua fatia de 44% de participação no faturamento total do país. Dessa forma, em segundo lugar, se encontra o estado de Minas Gerais, que respondeu por 41%. Vale lembrar que esses dois estados são os principais produtores de minério do Brasil.

Setor mineral tem aumento de 98% no faturamento do primeiro semestre de 2021
Imagem representação setor mineral

Royalties

Com esse enorme faturamento, o recolhimento de tributos também aumentou em 98%. Portanto, o total chegou a R$ 51,4 bilhões.

Em suma, considerando apenas a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), conhecida como o royalty que é cobrado das mineradoras, a arrecadação chegou ao valor de R$ 4,48 bilhões no primeiro semestre do ano.

De acordo com o Ibram, o novo recorde da CFEM 2021 pode superar os R$ 6,1 bilhões, arrecadados em 2020. “Continuando a demanda forte de minerais e os preços ficando no atual patamar, acreditamos que o CFEM pode fechar o ano com algo em torno de R$ 9 bilhões. E até ultrapassar esse valor, não seria surpresa”, afirmou o diretor do Ibram, Wilson Brumer.

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