Selic a 7,75%: veja se está na hora de migrar para os investimentos atrelados a taxa

Alta entra para história como maior reajuste estabelecido pelo Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) a 7,75% na última quarta-feira (27). O aumento foi de 1,5 ponto percentual, chegando a maior alta desde 2003.

A nova mudança impacta em aplicações financeiras que estão completamente ligadas à taxa Selic. Algumas dessas aplicações são: a poupança, Tesouro Selic, CDBs e fundos de renda fixa.

Portanto, confira a seguir se vale a pena migrar para a renda fixa:

Super alta

Não é só o valor da Selic que entrou para os recordes, mas também seus acréscimos e variações, que estão em um patamar jamais visto. Isso porque as correções no indicador costumavam ser apenas entre 0,25, 0,5 ou 0,75 ponto. No entanto, de março até aqui, a taxa de juros passou a subir 1% todos os meses, finalizando com acréscimo de 1,5% agora.

A propósito, a projeção para o IPCA deste mês, que anteriormente era de 0,77%, avançou para 1,06%. Logo, a expectativa para este ano deixou de ser de 9,1% para 9,5%. Sendo assim, é esperado algo em torno de 5,2% em 2022.

Portanto, aluguel, passagem aérea, hospedagem, cabeleireiro, entre outros, exibem reajustes de preços superiores ao aguardado pelo mercado.

Selic a 7,75%: está na hora de migrar para a renda fixa?
Ilustração aumento Selic

Tesouro Selic para longo prazo

Em suma, o Tesouro Selic se apresenta como uma opção viável de investimento para aqueles que são mais conservadores. Dessa forma, o investimento paga 100% da taxa Selic, mais 0,194% ao ano.

Porém, o investidor precisa prestar atenção ao investir nesse tipo de renda fixa, pois pode haver perda de dinheiro ao resgatar os recursos antes do prazo, assim como pagamento de taxas.

CDBs pós-fixados

Assim como acontece com o Tesouro Selic, os investimentos em CDBs pós-fixados se tornam mais atrativos. Isso porque estes seguem o índice CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que sempre rende apenas um pouco abaixo da taxa básica de juros.

Além disso, da mesma forma que a poupança, esse tipo de investimento é garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

No entanto, na poupança o rendimento só acontece na data de aniversário da conta. Já com os CDBs, a rentabilidade é recalculada diariamente.

Mas, vale ressaltar que é necessário se atentar. No caso da poupança, o rendimento é o mesmo em qualquer instituição financeira, já o CDBs apresentam variações de acordo com o banco em que estiver investido.

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