Rankings mostram os maiores emissores e distribuidores de ativos no mercado de capitais em 2020

O Itaú BBA foi o líder pelo quarto ano consecutivo, tanto na originação, ou seja, nas emissões de títulos como debêntures, CRIs, CRAs etc

Os rankings da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) que mostram as instituições responsáveis pelas operações de renda fixa mantiveram em 2020 as primeiras colocações verificadas nos anos anteriores.

O Itaú BBA foi o líder pelo quarto ano consecutivo, tanto na originação, ou seja, nas emissões de títulos como debêntures, CRIs, CRAs etc., com R$ 43,3 bilhões, quanto na distribuição desses papéis aos investidores, movimentando R$ 10,4 bilhões. Em um período marcado pela pandemia de Covid-19, os volumes do Itaú BBA caíram 38,2% e 73,3%, respectivamente, em relação a 2019 – movimento que foi acompanhado por todo o mercado.

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Ativos: mercado de Capitais

Na segunda colocação do ranking de originação, está mais uma vez o Bradesco BBI, com volume de R$ 33,1 bilhões. Na parte de distribuição, o banco passou da segunda para a quarta colocação em 2020, com R$ 6,7 bilhões. Passaram à frente dele o BTG Pactual, com R$ 6,9 bilhões, seguido pela XP, com R$ 6,8 bilhões.

Além do ranking de distribuição, o BTG subiu também na lista de originação: assumiu o terceiro lugar, que estava com o Santander em 2019, com R$ 22,6 bilhões. Na quarta colocação, o Santander movimentou R$ 14,5 bilhões em emissões no ano passado. Já na distribuição, o Santander tem o quinto lugar, com R$ 4,9 bilhões.

Ativos: análise específica

Na análise específica dos papéis de securitização, a XP é o destaque de 2020, com volume de emissões de R$ 7,1 bilhões. A XP lidera as operações de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), com R$ 4,8 bilhões. Já nas ofertas de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), a BR Partners encabeça a lista, com R$ 1,9 bilhão.

Considerando os produtos híbridos entre renda fixa e variável, como é o caso dos fundos imobiliários, a XP também lidera tanto a originação, com R$ 9,7 bilhões emitidos no ano passado, quanto a distribuição de R$ 12,9 bilhões desses papéis aos investidores (volume inclui as emissões da própria XP e a participação da instituição como corretora de valores em outras operações).

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Ativos: renda variável

Na renda variável, o aumento das operações no ano passado influenciou as movimentações no ranking da ANBIMA. O Bank of America Merrill Lynch assumiu a primeira colocação, com volume de R$ 16,1 bilhões. A instituição tomou o lugar que foi do Itaú BBA durante os cinco anos anteriores.

Por sua vez, o Itaú ficou em terceiro lugar, com R$ 15,3 bilhões, atrás do BTG Pactual, com R$ 15,6 bilhões. Em relação a 2019, as altas registradas foram de 73,9% no BofA, de 84,8% no BTG Pactual e de 19,6% no Itaú BBA. O volume total de operações também avançou 32,7% na mesma base de comparação.

O resultado do Bank of America Merrill Lynch está relacionado à liderança entre os follow-ons (ofertas subsequentes de ações) em 2020: o volume acumulado pela instituição foi de R$ 10,5 bilhões. Na sequência, aparece o Itaú BBA, com R$ 8,5 bilhões. Entre os IPOs (ofertas iniciais de ações), o BTG Pactual se destacou no ano, com R$ 8,1 bilhões que renderam a primeira colocação na lista. O Itaú BBA também ficou em segundo lugar entre os emissores de IPOs, com R$ 6,8 bilhões.

Mercado externo

No ranking de mercado externo, a liderança em 2020 foi do Itaú BBA, com US$ 3,7 bilhões, seguido pelo Bank of America Merrill Lynch, com US$ 3,5 bilhões, e pelo JP Morgan, com US$ 3,3 bilhões. A comparação das colocações das casas em relação aos anos anteriores não é recomendável, pois houve mudança na metodologia da ANBIMA em 2020.

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