Quatro fundos imobiliários (FIIs) que o investidor precisa olhar em 2021

Fabrizio Gueratto é colunista do e-Investidor e escreve neste espaço periodicamente

Este ano pretende finalizar a maré de azar que os Fundos Imobiliários (FIIs) sofreram em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Se o Ibovespa-2,54% conseguiu se recuperar e terminar o ano no azul, este não foi o caso do IFIX, que finalizou 2020 com queda acumulada de -10,24%. Apesar dos contratempos, este resultado abre espaço para potenciais de upside tentadores no decorrer de 2021.

Quando falamos sobre essa classe de ativos podemos compreender alguns motivos simples para que sua presença seja justificada na carteira do investidor consciente.

A diversificação de ativos deve ser o norte de qualquer um que não deseje perder dinheiro em investimentos homogêneos e de alto risco. Aliado a este fator, investidores em FIIs podem aportar uma menor quantidade de dinheiro em ativos de grande valor.

Para ilustrar as melhores oportunidades de 2021, convidamos Telêmaco Genovesi Jr, o primeiro a criar e gerir um fundo formado completamente por imóveis com contratos atípicos, para uma conversa sobre os Fundos Imobiliários que podem se destacar neste ano.

Cotas do FII PATR LOG começam a ser negociadas na B3
Cotas do FII PATR LOG começam a ser negociadas na B3

FIIS: BTLG11

O Fundo Imobiliário BTG Logística (BTLG11), administrado pelo banco BTG Pactual, conta com galpões em sua lista de ativos. A tendência de expansão do E-commerce gerou uma alta demanda por espaços nos quais mercadorias pudessem ficar estocadas. Como resposta, o aluguel de galpões se popularizou entre os varejistas.

Além da crescente busca por tais espaços, o fundo conta com contratos típicos e atípicos, o que pode contribuir para a melhor individualização do contrato do locatário e, assim, da manutenção do FII. De acordo com Telêmaco, o fundo, que teve um 2020 marcado por quedas, ainda pode surpreender em 2021.

“Muitas vezes os fundos que fizeram captação em 2020 pegaram qualquer coisa para integrar. O BTG foi mais seletivo quanto a alocação dos artigos e pagou o preço por isso. A rentabilidade da cota do fundo sofreu em 2020, mas é uma oportunidade para aportar agora enquanto o fundo se recupera”, explica Telêmaco.

FIIS: VRTA11

O Fator Verità Fundo de Investimento Imobiliário (VRTA11) é um FII híbrido administrado pelo Banco Fator S.A. Entres seus ativos estão CRIs e locações. Apesar das dificuldades inerentes aos fundos de CRIs, a gestão eficiente garante a alta potencialidade deste investimento.

Segundo Telêmaco, este “é um fundo com uma rentabilidade vantajosa. Hoje, acredito que 80% dos papéis que estão nesse fundo apresentam pouco potencial de risco. É uma carteira muito sólida. Um fundo que indicaria para investimentos”.

GGRC11

Beneficiado por alguns dos fatores que impulsionaram o BTLG11, o GGR COVEPI Renda (GGRC11)  tem enfoque em imóveis comerciais industriais e logísticos. Apesar da instabilidade observada entre a gestora do fundo e os sócios, o fundo não foi afetado. Após encerrar 2020 com uma captação de quase 330 milhões de reais em uma oferta 476, a gestão do fundo está em busca de contratos atípicos.

“Eu acho que o fundo passou por um problema em 2020 que foi a captação grande que eles tiveram, principalmente agora no início de dezembro, captaram 330 milhões de reais em uma 476, e eles estão correndo agora para alocar recursos em contratos atípicos. O fundo sofreu por conta disso, pois todos viram uma captação nova acontecendo e a dificuldade de ser colocado os contratos normais em outros fundos, quanto mais atípicos. Isso é um problema”, explica Têlemaco.

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ALZR11

A Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) é um fundo direcionado à captação de recursos advindos de locações não-residenciais com contratos atípicos. Administrado pelo banco BTG Pactual e gerido pela Alianza Gestão de Recursos Ltda, a ALZR11 indica que cursará um bom rumo em 2021.

“É um fundo parecido com o GGRC11 cujo gestor está fazendo um ótimo trabalho”, finaliza Têlemaco.

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