O Comitê de Pessoas da Petrobras (PETR4) se reunirá na terça-feira (16) para analisar a indicação do general Joaquim Silva e Luna para integrar a companhia, informou a estatal em comunicado publicado nesta segunda-feira.
Luna foi apontado no final de fevereiro pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir os cargos de conselheiro e presidente da Petrobras após o encerramento do mandato do atual CEO, Roberto Castello Branco, com quem Bolsonaro teve atritos relacionados à política de preços de combustíveis da empresa.
“(A reunião tem) até este momento, dentre os itens de sua agenda, a análise da indicação do Sr. Joaquim Silva e Luna para a Petrobras, podendo, ou não, haver manifestação desse comitê nessa data”, afirmou a estatal.
Petrobras
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) afirmou que a privatização da Petrobras é uma ideia que ainda precisa ser discutida com muito rigor técnico e político. Para ele, a pauta de privatizações neste momento está concentrada na Eletrobras (ELET3) e nos Correios, com base em propostas encaminhadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro ao Congresso.
“A ordem do dia é Correios e Eletrobras. A Petrobras é uma ideia forjada nesse momento de discussão com vocês, pode eventualmente ser evoluída, mas é preciso ter muito rigor técnico, político de conveniência mesmo, de oportunidade para se evoluir”, afirmou o presidente do Senado durante evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.
Para Pacheco, a discussão sobre a estatal petrolífera precisa considerar a estratégia de mercado e o interesse popular.
Privatização
No mesmo evento, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou com a possibilidade de apoiar um processo de privatização da Petrobras no mesmo modelo proposto pelo governo para a Eletrobras.
O Executivo assinou uma medida provisória incluindo a estatal do setor elétrico e suas subsidiárias no Programa Nacional de Desestatização (PND) e condicionando a capitalização à aprovação da MP.
Lira afirmou que toda empresa estatal deve ser avaliada “sem preconceitos” e que o Congresso é o local para isso.
Ao falar da Petrobras, o deputado citou a Operação Lava Jato e apontou que o “grande erro” da operação de investigação foi colocar a responsabilização na empresa e não no “CPF” dos culpados pelos desvios denunciados.
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