Petrobras (PETR4): aumentos de 35% em 2021 somam oito vezes a inflação; Bolsonaro se irrita

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registro inflação de 4,3% no acumulado de 2021

A Petrobras (PETR4) anunciou, na manhã de quinta-feira (18), o quarto aumento da gasolina e o terceiro do diesel em 2021. Os novos valores passam a constar nas bombas a partir de amanhã (19), o aumento foi de 10,2% para a gasolina e 15,1% para o diesel.

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registro inflação de 4,3% no acumulado de 2021, sendo, em janeiro, um aumento de 1,33% e de 2,97% em fevereiro. Desta forma, os 35% de reajuste positivo implementados pela estatal superam em oito vezes o valor da inflação do ano.

Petrobras (PETR4) reduz processamento em refinarias a menos de 70%

Petrobras

Com o incremento, o valor nas refinarias corresponde a R$ 2,48 o litro de gasolina e R$ 2,58 o litro de diesel, ficando R$ 0,23 e R$ 0,34 mais caros, respectivamente. Antes dos aumentos, no último dezembro, os valores dos insumos nas refinarias estavam em R$ 1,84 e R$ 2,02 nos litros da gasolina e do diesel.

O aumento ocorreu devido à alta do petróleo no mercado internacional. Em nota, a Petrobras informou que o valor cobrado pela petroleira está alinhado às flutuações observadas em todo o mercado, “é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem que, a partir de 1º de março, cairá a zero a cobrança de impostos federais sobre o gás de cozinha. Segundo o presidente, essas alíquotas ficarão zeradas para sempre.

O anúncio foi feito durante transmissão em redes sociais. No mesmo vídeo, Bolsonaro anunciou que vai zerar por dois meses, a partir de 1º de março, os impostos federais que incidem sobre o óleo diesel.

O presidente também fez críticas à Petrobras e, mesmo citando que a empresa tem autonomia, afirmou que “algo vai acontecer” na estatal nos próximos dias.

Bolsonaro não informou, na live, o impacto estimado das medidas sobre a arrecadação do governo e sobre os preços do botijão de gás e do litro de diesel.

Ele afirmou que o botijão de gás de cozinha está sendo vendido para o consumidor a R$ 90, enquanto na origem o valor dele é de R$ 40. “Se está R$90, os R$ 50 é imposto estadual e margem de lucro das distribuidoras”.

Segundo informações da Petrobras com dados coletados entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro deste ano, o preço do gás de cozinha tem a seguinte composição:

  • 47%: custos do próprio gás;
  • 35%: custo de distribuição e revenda;
  • 15%: ICMS, imposto estadual;
  • 3%: impostos federais (PIS/PASEP e Cofins).

Levando em consideração o preço médio de R$ 90 anunciado pelo presidente Bolsonaro, o peso dos impostos federais por botijão é de R$ 2,70.

Já no preço do diesel, segundo os dados da Petrobras com base no diesel S-10, a composição tem esse perfil:

  • 49%: custo do combustível na Petrobras
  • 15%: distribuição e revenda
  • 13%: custo do biodiesel
  • 14%: ICMS (imposto estadual)
  • 9%: impostos federais (Cide-Combustíveis), PIS/Pasep e Cofins

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