A Oi (OIBR3, OIBR4), TIM (TIMS3), Telefônica Brasil (VIVT4) e Claro podem ser multadas por conta dos vazamentos de dados ocorridos uma semana atrás.
O caso foi revelado pela empresa de cibersegurança PSafe dia 10 e, desde então, as autoridades brasileiras buscam respostas para a ofensiva dos hackers.
OIBR3
De acordo com a companhia, foram vazados 102.828.814 dados de contas de celular e até agora pouco se sabe a respeito da origem e demais informações sobre o ocorrido.
Já o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, notificou as operadoras e cobrou explicações sobre o assunto.
Teles
As teles têm 15 dias para responder. Caso seja comprovada a autoria e a materialidade da infração, isto é, alguma irregularidade por parte das operadoras, as empresas podem sofrer sanções que ultrapassam 10 milhões de reais pelo Código de Defesa do Consumidor e mais de 50 milhões de reais pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), de acordo com a pasta.
Dentre as vítimas do ataque está o presidente Jair Bolsonaro, que teve informações como valor da conta, minutos gastos por dia, número do celular, filiação, data de nascimento e CPF vazadas na chamada deepweeb — uma camada mais profunda da internet.
Psafe
Segundo a Psafe, o hacker vive fora do Brasil e está vendendo cada registro por 1 dólar, via bitcoin. A localização exata e a identidade não foram reveladas “pelo ambiente ser de difícil rastreamento”.
O ataque ocorreu um mês após o maior vazamento de dados da história do Brasil — quando 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos foram divulgados.
Conforme especialistas, ataques e vazamentos sempre ocorreram em maior ou menor grau, mas a não obrigatoriedade das empresas notificarem a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tendia a acobertar vazamentos.
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