Banco Pan (BPAN4) apresenta alta de 21,4% na carteira de crédito do 4º tri, destaca XP

A carteira de crédito do Banco Pan atingiu R$ 28,9 bilhões ao fim do período

A XP Investimentos analisou o ativo Banco Pan (BPAN4) em seu portfólio e destacou a carteira de crédito da instituição que, no quarto trimestre de 2020, cresceu 21,4%, conforme relatório encaminhado ao mercado.

“Apesar da crise decorrente da pandemia da covid-19 no decorrer de 2020, a carteira de crédito do Banco Pan atingiu R$ 28,9 bilhões ao fim do período, avanço de 21,4% frente o saldo do fim do ano anterior”, informou.

E acrescentou: “a instituição encerrou o exercício de 2020 com lucro líquido de R$ 656 milhões, expansão de 27,1% em comparação com o apurado em 2019. Em seu informe de resultados, o conglomerado afirma que a expansão da rentabilidade observada nos últimos trimestres é fruto da margem financeira robusta, aumento da eficiência e custo de crédito sob controle.”

A XP explicou que o Banco Pan atua nos segmentos de crédito consignado, financiamento a veículos usados, concessão de crédito para empresas de grande e médio portes e cartões de crédito. Além disso, lançou seu banco digital em fevereiro de 2020, cujo diferencial competitivo reside na extensa base de clientes do conglomerado, que pode ser convertida para o novo serviço.

Banco Pan (BPAN4) faz oferta ações da Caixapar
Banco Pan (BPAN4) faz oferta ações da Caixapar

Banco Pan

De acordo comm a analista de renda fixa da XP, Camilla Dolle, a carteira do Banco Pan é concentrada principalmente em crédito consignado e financiamento de veículos. Ambos os segmentos oferecem certa proteção ao banco, conforme citado na seção “Atuação”, porém vale ressaltar que o segmento de veículos é mais sujeito às condições macroeconômicas.

“A crise direcionada pela pandemia da covid-19 direcionou a contração da carteira de crédito expandida do Banco Pan no primeiro semestre de 2020. A carteira, que vinha apresentando evolução desde 2018, chegou a apresentar leve retração de 1% no segundo trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre de 2020”, destacou.

Com maior clareza dos reais impactos da crise nas operações do banco e a gradual retomada da atividade econômica, a carteira de crédito voltou a crescer a partir do terceiro trimestre de 2020, atingindo R$ 28,9 bilhões ao fim do quarto trimestre de 2020, expansão de 21,4% frente o saldo do fim do ano anterior.

Os segmentos que apresentaram maior crescimento no intervalo foram: (i) crédito consignado, que avançou 20,8% ao ano para R$ 15,1 bilhões; (ii) veículos, que avançou 24,7% para R$ 11,1 bilhões; e (iii) cartão de crédito, o qual registrou expansão de 63,6% para R$ 1,8 bilhão.

Ainda no quarto trimestre de 2020, a originação média mensal de crédito atingiu R$ 3,4 bilhões, expansão de 85% em relação ao volume mensal do mesmo período do ano anterior e 50% em relação ao terceiro trimestre, marcando um novo recorde para a instituição.

A originação de crédito foi ampliada pelo aumento temporário da margem para servidores federais tomarem empréstimos com desconto em folha, ampliação de market share em veículos e crescimento do banco digital.

Rentabilidade

O Banco Pan encerrou o exercício de 2020 com lucro líquido de R$ 656 milhões, expansão de 27,1% em comparação com o apurado em 2019.

Em seu informe de resultados, o banco afirma que a expansão da rentabilidade observada nos últimos trimestres é fruto da margem financeira robusta, aumento da eficiência e custo de crédito sob controle.

Como consequência, o ROAE (retorno sobre patrimônio líquido médio ajustado) encerrou o ano em 12,8%, 0,6 ponto percentual acima do retorno de 2019.

Além disso, a instituição também divulgou um ROE ajustado de 21,4% para 2020, o qual desconta os efeitos das despesas financeiras de CDBs pré-fixados legados (emitidos entre 2005 e 2008) e o excedente de crédito tributário de prejuízo fiscal em relação ao mercado bancário.

Inadimplência

Visando manter as taxas de inadimplência em patamares baixos mesmo em cenário de crise, o Banco Pan afirmou ter aumentado a liquidez e preservado capital utilizando instrumento de cessões, elevado os parâmetros para a concessão de crédito e restringido as prorrogações em menos de 1% do total da carteira de crédito.

Nesse sentido, a proporção de créditos vencidos acima de 90 dias sobre a carteira de crédito total encerrou 2020 em 5,5% – patamar inferior ao pré-pandemia, após ter atingido pico de 7% no 2T20.

A proporção de créditos classificados como E-H sobre o total atingiu 7% ao fim de 2020, em linha com o 4T19. A provisão para devedores duvidosos (PDD), reserva feita para cobrir eventual inadimplência desses clientes, registrou crescimento marginal no mesmo período, de 5,7% para 5,9%.

Liquidez e solvência

O Banco Pan possui um funding resiliente devido ao acordo entre seus acionistas, que se comprometem a prover linhas de crédito para fomentar as atividades do banco.

“De acordo com nossos cálculos, o índice de liquidez de curto prazo do Banco Pan – indicador que mede a capacidade de pagamento da instituição – atingiu 0,77x no 4T20, leve aumento ante a razão de 0,75x calculada ao fim de 2019”, disse.

Uma razão menor que 1x indica que se o banco precisasse quitar todas as suas obrigações de curto prazo, seus recursos disponíveis seriam insuficientes. Ressaltamos, no entanto, que não enxergamos esse risco no momento, uma vez que o banco tem bom acesso à captação no mercado.

O índice Basileia do Banco PAN foi de 15,9% no quarto trimestre de 2020, confortavelmente enquadrado nos padrões exigidos pelo Banco Central (acima de 9,25%).

Veja BPAN4 na Bolsa:

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