Oi (OIBR3, OIBR4): Algar ficará fora do leilão de dezembro, mas ainda pretende adquirir ativos

Oi (OIBR3, OIBR4): Algar ficará fora do leilão de dezembro, mas ainda pretende adquirir ativos

A Algar Telecom vai ficar de fora do leilão bilionário das redes móveis da Oi (OIBR3, OIBR4) no mês que vem, mas, ainda assim, pode vir a comprar uma parte dos ativos nos meses seguintes, dependendo de como andar o processo.

De acordo com o Estadão, trata-se de uma estratégia de “comer pelas beiradas”, fazendo jus à origem mineira da operadora, sediada em Uberlândia (MG).

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Parceria

Conforme o jornal, meses atrás, a Algar chegou a ser procurada pela Highline do Brasil para que entrassem na disputa juntas, mas a conversa não prosperou.

Entretanto, o conselho da Algar – controlado pela família Garcia – achou caro o lance mínimo de R$ 15 bilhões estipulado pelo edital do leilão. Além disso, uma eventual compra das redes nacionais da Oi representaria uma expansão desproporcional para a tele, que atua em apenas quatro Estados.

Concentração de mercado

Membros da Algar e agentes de bancos de investimento consideram a hipótese de Vivo, TIM e Claro não conseguirem um aval pleno do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para fatiar a Oi entre si, pois isso aumentará a concentração do mercado. Em operações dessa magnitude, não é incomum o órgão antitruste limitar a concentração exigindo que o grupo comprador venda parte dos ativos para terceiros.

É aí que entraria a Algar, diz o jornal. A companhia tem cobertura de celular em regiões de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. Caso o trio Vivo, TIM e Claro tenha que se desfazer de trechos da rede móvel da Oi, a Algar tem interesse em ficar com clientes de celular e frequências de sinais nessas regiões. Procurada, a Algar afirmou que “não comenta rumores de mercado”.

Apetite

Isso porque a companhia tem apetite por aquisições e está à procura de ativos. Desde 2018, a operadora mineira recebeu como sócio o GIC, fundo soberano de Cingapura, que fez um aporte de R$ 1 bilhão em troca de 25% das ações. De lá para cá, o grupo acelerou as compras. Neste mês, deixou escapar a compra da Copel Telecom durante leilão que teve lance mais alto do fundo de investimentos Bordeaux.

Veja OIBR3 na Bolsa:

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