Mesmo passando por uma pandemia devido ao novo coronavírus (Covid-19), o número de pessoas com mais de R$ 1 milhão cresceu 10% em 2020.
Dessa forma, há 56,1 milhões de pessoas milionárias ao redor do mundo. Os dados são do relatório Global Wealth Report 2021, realizado anualmente pelo banco Credit Suisse.
Todavia, o cenário brasileiro é diferente. O país teve a maior redução no número de milionários entre as economias avaliadas pelo Credit Suisse. De acordo com o banco, o Brasil perdeu cerca de 108 milionários em 2020, cerca de 34% a menos do que no ano anterior.
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Desvalorização do real
De acordo com o relatório, uma das principais razões foi a depreciação da moeda. Situações semelhantes também foram apontadas em países como: Índia, Rússia e Hong Kong. Dessa forma, o Brasil também registrou um aumento no nível de desigualdade social.
O Índice de Gini do país (indicador que mede o grau de concentração de renda em um país) alcançou 89 no fim de 2020. É importante ressaltar que quanto mais próximo de 100, maior é a desigualdade. Em 2010, o Índice de Gini brasileiro era de 82,2. Esse cenário não se repete em outros países da América Latina.
Ranking
Segundo o Credit Suisse, os Estados Unidos lidera a lista com o maior número de milionários. Em seguida se encontra a Alemanha, Austrália e Japão
A riqueza global somada, aumentou cerca de US$ 28,7 trilhões só em 2020. Isso ocorreu devido a injeção de recursos feitos por bancos centrais de diversos países, com o objetivo de enfrentar a crise causada pela pandemia, o que por consequência, elevou os valores dos ativos.
“Ainda assim, tendo em vista a ampla perturbação econômica, a riqueza das famílias e os indicadores macroeconômicos parecem estar em trajetórias diferentes. Mais estranhamente ainda, os países mais afetados pela pandemia frequentemente são aqueles que tiveram os maiores ganhos de riqueza por adulto”, afirma o Credit Suisse.
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