O BB Investimentos analisou o ativo Movida (MOVI3) em seu portfólio e optou por manter recomendação de compra com preço-alvo reajustado de R$ 16 para R$ 22,5. O potencial de valorização está em 19%.
“A Movida apresentou um resultado neutro no terceiro trimestre de 2020, em nossa opinião. O destaque positivo foi a taxa de ocupação recorde de 82,7% no segmento de RAC, ponderada pela redução da tarifa média, que saiu de R$ 80,9 no terceiro trimestre de 2019 para R$ 70,3 no terceiro trimestre de 2020”, destacou.
E disse mais: “vale destacar também o aumento da frota média alugada de 25,2% (t/t) no RAC. No segmento de seminovos, o destaque ficou para o preço médio do veículo vendido que foi de R$ 45,3 mil (+13,9% a/a). Por fim, a frota total da Movida encerrou o trimestre com mais de 108 mil veículos, em linha com a frota do final de 2019.”
Lado negativo
“Pelo lado negativo, destacamos o aumento na depreciação de veículos no segmento de RAC que atingiu R$ 3,4 mil por veículo contra R$ 2,5 mil no trimestre anterior e R$ 1,2 mil no terceiro trimestre de 2019. O aumento na depreciação reflete o mix de veículos de maior valor e também uma postura de maior conservadorismo para enfrentar um cenário prospectivo mais desafiador na divisão de venda de seminovos”, ressaltou.
Quanto ao desempenho das ações, o BB afirma que ainda que o resultado do período tenha sido ofuscado pelo alto nível de depreciação, a gestora diz acreditar no potencial de crescimento nas operações de RAC e GTF nos próximos trimestres.
Gestão e terceirização
No segmento de gestão e terceirização de frotas (GTF), o trimestre foi positivo, com aumento de 7,0% a.a na receita em função da adição de mais de 2,5 mil carros na frota operacional em relação ao terceiro trimestre de 2019.
Na comparação trimestral, a frota operacional ampliou em mais de 500 carros, totalizando 33,5 mil veículos. A tendência de terceirização de frotas (GTF) ganha tração nas empresas de pequeno e médio porte no Brasil, e será um pilar de crescimento sustentável e de longo prazo para as Movida.
Já a estratégia da Movida para conduzir a crise imposta pela pandemia foi acelerar as vendas de veículos seminovos a partir do segundo trimestre, onde foram vendidos mais de 18 mil carros, contra uma média histórica de 14 mil veículos vendidos por trimestre.
As vendas de seminovos retornaram as médias com 14,3 mil veículos vendidos no terceiro trimestre, que mostrou também a recuperação parcial no setor de locação, observada por meio do crescimento da frota e principalmente pela maior taxa de ocupação (82,7%) nas lojas de RAC. Entretanto, o segmento de RAC ainda carece de recuperação nos níveis de preços das diárias, para que a Movida retome a tendência de crescimento e rentabilidade nos níveis pré-Covid.
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