IPO: Rede D´Or precifica suas ações em até R$ 65 para a oferta inicial

IPO: Rede D´Or precifica suas ações em até R$ 65 para a oferta inicial

O grupo hospitalar Rede D’Or lançou sua oferta pública de ações (IPO). A expectativa do mercado é de que seja a maior listagem de abertura da história no Brasil.

De acordo com o Valor Econômico, o registro do prospecto preliminar na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabelece a faixa de preço entre R$ 48,91 e R$ 64,35.

Considerando o preço médio da faixa, a D’Or pode levantar R$ 8,25 bilhões na oferta base, dinheiro que vai para o caixa da companhia.

Rede D'or

Patamar de preço

Segundo o jornal, nesse patamar de preço a companhia chegará à bolsa avaliada em R$ 112,4 bilhões e, considerando o valor piso da faixa, em R$ 97 bilhões.

No entanto, no cenário mais otimista, que considera o teto de preço e alocação de lotes adicional e suplementar, a oferta pode movimentar R$ 12,66 bilhões e a companhia estrear na B3 com um valor de mercado de R$ de R$ 127,7 bilhões.

Captação

Com essa captação, o IPO da D’Or ficaria atrás apenas da listagem do Santander Brasil, em 2009, que movimentou R$ 13,2 bilhões.

A D’Or ingressará na seleta lista de companhias brasileiras com valor de mercado acima de R$ 100 bilhões,  completando um grupo de apenas 10 empresas – que conta atualmente apenas com Petrobras, Vale, Bradesco, Itaú, Santander Brasil, Ambev, Magazine Luiza, B3 e WEG.

Fundada pelo médico Jorge Moll Filho, um dos acionistas controladores, a Rede D’Or opera a maior rede independente de hospitais privados do Brasil.

O caixa levantado com a oferta será usado para arcar com os custos de construção de novos hospitais ou expansão das unidades existentes e para aquisição de novos ativos (hospitais, clínicas oncológicas, corretoras de seguros de saúde).

Oferta primária

A oferta base é primária de 145.677.487 ações e os lotes adicional e suplementar, que podem somar até 50.987.120 ações, é secundário.

Os acionistas vendedores na tranche secundária são FIP Delta, fundo do grupo de acionistas controladores, a gestora Carlyle (que tem posição por meio de cinco veículos) e um veículo do GIC, fundo soberano de Cingapur , que é o maior vendedor entre os acionistas.

Considerando o preço médio e alocação total dos lotes, o GIC embolsará R$ 1,38 bilhão, os controladores levantarão R$ 879 milhões e o Carlyle levará R$ 632 milhões, esse dois últimos mantendo a maior parte de suas participações em ações. O free-float da companhia listada ficará em cerca de 43%. A precificação está prevista para 8 de dezembro.

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