IPO da CSN Mineração sai a R$8,50 e movimenta R$5,2 bi; companhia foca no cimento

O preço saiu no piso da faixa indicativa dos coordenadores da oferta, que ia até R$ 11,35

A oferta inicial de ações (IPO) da CSN (CSNA3) Mineração (CMIN3) foi precificada a R$ 8,50 cada, movimentando R$ 5,2 bilhões, segundo informações publicadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na sexta-feira (12).

O preço saiu no piso da faixa indicativa dos coordenadores da oferta, que ia até R$ 11,35.

CSN (CSNA3) estima Ebitda de R$11,2 bi em 2020, queda em endividamento em 2021

CSN Mineração

Com a venda de R$ 1,37 bilhão em ações novas, a companhia pretende investir em projetos como Itabirito P15 e de recuperação de rejeitos de barragem Pires e Casa de Pedra, a principal mina da empresa, localizada em Congonhas (MG).

Além disso, a siderúrgica CSN, a Japão Brasil e a sul-coreana Posco levantaram o equivalente a 3,85 bilhões de reais com a venda de participações no negócio.

Antes da oferta, a CSN tinha 87,5% da CSN Mineração e, pelo cálculos da companhia, após a operação, sem considerar os lotes adicionais de papéis, reduziria essa fatia para 79,1%.

A ação deve estrear na Bovespa na próxima quinta-feira (18).

Cimento

Grande aposta da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) na diversificação de negócios, a CSN Cimentos S.A. começou a operar ontem como uma empresa independente. Até agora era uma divisão da siderúrgica – companhia-âncora do grupo comandado pelo empresário Benjamin Steinbruch.

Segundo o Valor, é o primeiro passo da cimenteira para fazer uma oferta futura de ações na B3, seguindo a trilha da CSN Mineração, de minério de ferro.

Steinbruch, após longo um tempo, aderiu a esse caminho, seguido por dezenas de empresas locais – levantar dinheiro no mercado de capitais ao invés de se endividar para sustentar expansões e novas frentes de negócios.

No dia 18, está prevista a estreia da CSN Mineração no nível 2 da B3. A precificação da oferta para US$ 1 bilhão, entre primária (30%) e venda de ações de CSN e seus sócios, está marcada para dia 12. A depender do preço, a nova companhia chega à Bolsa com valor de mercado de R$ 63 bilhões.

Com isso, a CSN consolida em seu caixa R$ 5,4 bilhões, ao câmbio atual. O valor ajuda a baixar a dívida líquida que era de R$ 30 bilhões no fim de setembro. Com alta geração de caixa da área de mineração, esse valor deve ter ficado em R$ 25 bilhões no fim de 2020 e a previsão do empresário é chegar a R$ 15 bilhões no fim de 2021.

Não há ainda definição de prazo para o IPO da CSN Cimentos. A avaliação dentro da CSN é que o setor cimenteiro, após anos de sofrência (2015-2019), vai se manter com consumo forte no país nos próximos anos, puxado por obras de infraestrutura e expansão imobiliária.

No ano passado, com o auxílio emergencial do governo na pandemia, lançamentos imobiliários e demanda da autoconstrução, houve alta de 11% nas vendas de cimento no país, no total de 60,8 milhões de toneladas.

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