O Indicador de inflação ao consumidor (IPCA) para fevereiro foi de 0,86% no mês, bastante acima das expectativas do mercado de 0,72%, e do BTG Pactual, de 0,73%. Em 12 meses, ficou em 5,20%, também acima das expectativas de 5,04% do mercado e 5,06% do BTG Pactual.
No mês de fevereiro, destaque para transportes (2,28%), impulsionado pela forte alta nos preços dos combustíveis (7,09%), influenciados pela alta no preço das commodities (em especial o petróleo), com destaque para a gasolina (7,11%) e o óleo diesel (5,40%). Com isso, combustíveis acumulam alta de 28,44% nos últimos 9 meses.
“Observamos também uma aceleração no segmento de educação (2,48%), com destaque para cursos regulares (3,08%). Esta alta representa, além dos reajustes habituais, praticados no início do ano letivo, retirada de descontos praticados por algumas instituições por consequência da covid-19. As maiores variações vieram da pré-escola (6,37%), do ensino fundamental (4,92%) e do ensino médio (4,45%)”, informou o BTG Pactual.
IPCA
Em contraponto, disse, o segmento de alimentação e bebidas continua desacelerando, avançando 0,27% no mês ante alta de 1,02% no mês anterior. Os itens de alimentos em domicílio registraram alta de 0,28%, abaixo do dado registrado no mês anterior (1,06%).
Já o segmento alimentação fora de domicílio também desacelerou 0,27%, variação menor que em janeiro (0,91%), o que representa desaceleração para a inflação de serviços.
“Como esperado pelo mercado, o índice acelerou em relação a janeiro (0,25% m/m). A aceleração foi justificada principalmente pela alta nos preços dos combustíveis, advinda do crescimento nos preços internacionais do petróleo, a desvalorização do real e o ajuste nas mensalidades escolares”, destacou.
E disse mais: “com a aceleração da curva de contágio da COVID-19, que tem levado diversos estados a impor novas medidas de isolamento social, a aprovação do Pacote Fiscal americano e a aceleração do rendimento dos juros de 10 anos americano o real segue pressionado no curto prazo. Adicionalmente, as medidas de restrição social podem também afetar o segmento industrial, prejudicando a sua produção e reduzindo a oferta de produtos, pressionando a inflação de bens industriais.”
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