Fundo Trígono Verbier FIA registra rentabilidade de 20,1% em 2020 e está entre os melhores

O Trigono Delphos Income FIC FIA, que é focado predominantemente em ações com capacidade de distribuição de dividendos e/ou juros sobre o capital, foi o líder na categoria

Mesmo com o impacto da pandemia de covid-19 no mercado de ações em 2020, o fundo de ações FIA Trígono Verbier, da gestora Trígono Capital, teve rentabilidade de 20,01% no período, e está entre os melhores fundos de 2020 e bem acima de seu benchmark, o Índice Bovespa (IBOV), da B3, que avançou apenas 2,9% no ano. O fundo tem origem no Clube Verbier, criado 2007. Em 2018, o clube foi transformado em fundo carteira livre, com ênfase em small caps.

Todos os outros fundos da Trígono Capital, que é especializada em small caps e capitaneada por Werner Roger, com mais de 38 anos de atuação no mercado financeiro, apresentaram excelentes resultados e superaram seus benchmarks em 2020 com destaque. É o caso dos fundos Trígono Flagship Small Caps e Trígono Delphos Income, que lideraram em suas respectivas categorias.

“Mesmo com a pandemia, a Trígono aumentou significativamente o número de investidores de 2.921, em dezembro de 2019, para 13.702, em dezembro de 2020. No mesmo período, os valores sob sua gestão saltaram de R$ 147 milhões para R$ 442 milhões”, destaca o CIO da Trígono, Werner Roger.

Fundo Trígono Verbier FIA registra rentabilidade de 20,1% em 2020 e está entre os melhores

Trigono Delphos

O Trigono Delphos Income FIC FIA, que é focado predominantemente em ações com capacidade de distribuição de dividendos e/ou juros sobre o capital, foi o líder na categoria em 2020 ao atingir a rentabilidade de 16,5%, frente à queda de 1% do Índice de Dividendos (IDIV).

Líder entre os fundos de small caps em 2020, o Trígono Flagship 60 FIA Small Caps FIC FIA, com prazo de 60 dias para resgate, teve rentabilidade de 10,1% em 2020, acima do resultado Índice Small Caps (SMLL), que apresentou queda de 0,7% no ano passado. O fundo Trígono Flagship FIA, com a mesma carteira, prazo menor e já fechado para novos investimentos, apresentou elevação de 12,4% no ano.

Todos os fundos da Trígono têm forte presença de small caps, mas o Flagship é “puro sangue”, e com o índice SMLL como referência. Apesar disso, 98% do fundo é composto por empresas que não compõem esse índice, por serem menores em termos de valor de mercado em relação às empresas elencadas no SMLL da B3, que são maiores.

Capital

O fundo da Trígono 70 Prev FIC FIM, fundo de previdência que obtém ganhos de capital mediante operações no mercado de ações e renda fixa, com exposição até 70% em ações, fechou 2020, com rentabilidade 7,4%, contra 2,76% do CDI. Portanto, 268% superior ao CDI.  Já o fundo Trigono Icatu 100 Prev FIA, também de previdência, focado em small caps com até 100% de exposição de ações e lançado em julho passado, ainda não pôde ter seus dados divulgados em relação a 2020, por questões regulatórias. No entanto, em 14 de julho de 2020, ao completar seis meses de seu lançamento (18 de janeiro de 2020), a rentabilidade acumulada foi de 26,3%, comparado a 20,7% do IBOV.

O Trígono Delphos tem aplicação inicial mínima de R$ 250, enquanto que, para os fundos Verbier e Flagship, o valor é de R$ 500.

Cenário favorável

“Acreditamos que no primeiro trimestre de 2021, algumas small caps vão se destacar na divulgação dos resultados anuais dessas companhias, que por serem menos conhecidas ou acompanhadas pelo mercado, trazem muito o fator surpresa. No caso das empresas investidas pela Trígono Capital, espera-se uma surpresa positiva, com os preços das ações manifestando a reação do mercado.

Além disso, o fluxo de investidores estrangeiros que em um primeiro momento privilegia liquidez, no segundo momento busca empresas descontadas e que oferecem maior potencial de valorização no longo prazo, fato que poderá aumentar o apetite pelas small caps, talvez ainda no segundo trimestre ou no segundo semestre”, destaca Werner Roger.

Fatores

Para o gestor, há diferentes fatores que devem tornar o mercado positivo em 2021. A novidade pode se dar no campo dos estímulos fiscais a projetos de infraestrutura – principalmente nos EUA, mas também na China e em outras regiões. Isso poderá reforçar o cenário de demanda por commodities, em especial de origem mineral, e por energia, além de bens de capital para executar tais investimentos.

“Nos Estados Unidos, o novo presidente Joe Biden deve anunciar um pacote de U$ 2 trilhões em infraestrutura com viés sustentável, além de incentivos a energias limpas e renováveis, o que implica no maior uso de seu milho para o etanol, reduzindo exportações do cereal pelo país norte-americano, abrindo espaço para o Brasil ampliar suas vendas no mercado externo. Empresas da nossa carteira serão beneficiadas com o fornecimento de máquinas para as obras de infraestrutura e as de agronegócio poderão suprir a demanda internacional de milho, o que envolve a necessidade de novos silos e armazéns, além de logística, nos seus diversos modais”, destaca o gestor da Trígono.

China

Ele lembra que, da mesma forma, a China continuará investindo em infraestrutura e seu Plano Quinquenal irá privilegiar energias limpas, fato que poderá encarecer algumas commodities produzidas pelo Brasil, e que fazem parte das carteiras da Trígono. “Outro ponto é que a China poderá crescer dois dígitos e os demais países da Ásia também devem crescer, pois foram menos impactados pela pandemia, e tem suas economias intimamente relacionados à China. Vemos oportunidade para o agronegócio brasileiro, celeiro do mundo”, explica o gestor da Trígono, que  reforça que o segmento de logística e infraestrutura acaba participando dessa “bonanza”.

Werner lembra que a pandemia não afeta o consumo de alimentos. Assim, o Brasil continuará crescendo no segmento do agronegócio. “Nesse aspecto, como os estoques estão baixos, os preços estão elevados. Além do preço, o câmbio está favorável, os juros estão baixos e há crédito. Portanto, há uma conjunção de fatores positivos que nunca vimos antes. Além de empresas do agronegócio, a cadeia de fornecedores do setor será beneficiada, o que inclui empresas de logísticas e fabricante de máquinas e silos, por exemplo.”

Incertezas

Por essas razões e dadas as incertezas ainda à frente, o gestor definiu manter o posicionamento em empresas com receitas denominadas em moeda estrangeira, através de preços internacionais, exportações e subsidiárias no exterior. “Tais empresas fazem partes de principais setores: industrial, agronegócio e commodities. Aquelas do setor industrial atuam no segmento de componentes para veículos pesados e maquinários (caminhões, tratores, e máquinas off road), que por sua vez são empregados em agronegócio, logística, infraestrutura e construção”, detalha. “Não podemos deixar de destacar determinados produtos ligados ao setor mineral, cujos preços e demanda contarão com efeito China, bem como a retomada da demanda de outros mercados, enquanto a oferta ainda está prejudicada pelo efeito da pandemia, e que e China restringirá a produção de algumas commodities essenciais à sua economia, como siderurgia, pela decisão de buscar uma melhor qualidade ambiental e foco em energia limpa e renovável.

Pilares dos fundos

Além de ter na composição das carteiras dos fundos grande representatividade de empresas classificadas como small caps, o gestor da Trígono Capital faz uma seleção rigorosa das empresas em que investe com base em três pilares: distribuição de dividendos; geração de valor aos acionistas, por meio da avaliação e monitoramento das empresas analisadas e investidas com uso da metodologia de Valor Econômico Adicionado (EVA, na sigla em inglês; e observação das melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês). A Trígono, comenta o gestor, também está atento a eventos como privatizações e mudanças nos marcos regulatórios como nos setores de gás e energia, que acabam trazendo novas oportunidade de investimentos.

Especialista em small caps, a gestora segue uma estratégia de engajamento construtivo nas companhias em que investe. “Somente na Trígono, já indicamos e conseguimos eleger 15 conselheiros para os conselhos de administração e fiscais das empresas que compões as carteira de investimentos”, destaca o CEO da Trígono Capital, Frederico Mesnik.

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