Eneva (ENEV3) aprova programa de recompra e propõe desdobramento; BTG reajusta preço-alvo

o programa tem como objetivo a aquisição das ações pela controlada Parnaíba II Geração de Energia

O Conselho de Administração da Eneva (ENEV3) aprovou nesta quinta-feira (17) um programa de recompras de ações de sua própria emissão, que envolverá até 1,07 milhão de papéis, informou a companhia em fato relevante.

Segundo a Eneva, o programa tem como objetivo a aquisição das ações pela controlada Parnaíba II Geração de Energia, para “fazer frente às obrigações decorrentes do plano de incentivo de remuneração de longo prazo baseado em ações”.

Eneva (ENEV3) aprova emissão de debêntures no valor de R$ 835 mi
Eneva (ENEV3) aprova emissão de debêntures no valor de R$ 835 mi

Assembleia

De acordo com a Reuters, a empresa afirmou que conforme deliberado pelo conselho em reunião no mês passado, será proposto à Assembleia Geral o desdobramento das ações de emissão da companhia na proporção de um papel ordinário para quatro ações ordinárias.

No comunicado, a Eneva disse que a medida visa “adequar o preço da ação a um patamar mais acessível a todos os investidores, o que pode aumentar a liquidez das ações”.

“Caso aprovado tal desdobramento e ainda não tenha sido encerrado o programa de recompra, ele deverá ser entendido como permitindo a aquisição de até 4.280.000 ações”, afirmou.

A XP Investimentos atuará como intermediária na operação.

BTG recomenda compra

O BTG Pactual elevou o preço-alvo das ações da Eneva R$ 50 para R$ 55, mantendo a recomendação de compra, dada a expectativa de resultados para o quarto trimestre e o potencial de crescimento da companhia, após apresentação no dia do investidor.

Segundo o BTG, durante o evento a Eneva aprofundou as discussões sobre o novo modelo do setor de energia, discutiu o novo mercado de gás e forneceu uma prévia de alguns números operacionais do quarto trimestre, que mostraram grande potencial de crescimento no comércio de gás.

“Embora não tenha havido nenhum anúncio imprevisto (como nos anos anteriores), acreditamos que a empresa teve sucesso em lançar as bases para várias oportunidades de crescimento futuras”, diz o relatório.

Sobre o que esperar para o quarto trimestre, o banco ressaltou que todas as termelétricas já foram despachadas integralmente desde o início de outubro, além de que a alta do câmbio e do Henry Hub devem impactar positivamente o resultado.

“A maior usina térmica da Eneva (Parnaíba I) tem receitas variáveis vinculadas a esses dois componentes, o que impulsionará a receita. Além disso, a empresa tem cerca de 200 MW de capacidade não contratada, vendida a preços à vista a quase R$ 405 por MWh, adicionando cerca de R$ 100 milhões ao resultado”, diz.

Por fim, o BTG diz que embora parte do lado positivo do projeto de Urucu pareça estar precificado, acredita que a empresa tem mostrado capacidade de continuar diversificando sem perder o foco.

“O desenvolvimento do mercado de gás, juntamente com o potencial crescente da Eneva em exploração e produção proveniente de novos (e atuais) blocos exploratórios, ainda pode trazer uma criação de valor significativa no futuro”, completa.

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