A Cogna (COGN3) e a Eleva Educação, que tem entre os acionistas o empresário Jorge Paulo Lemann, estão em negociações. A transação envolve a compra dos colégios da Cogna pela Eleva que, por sua vez, venderia seu sistema de ensino.
De acordo com o Valor Econômico, as conversas partiram da Eleva que, em meados deste ano, pretende realizar uma abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) e tem interesse em apresentar aos investidores uma companhia maior.
COGN3: volume
Conforme o jornal, a Cogna conta com 52 escolas conceituadas como pH (RJ), Sigma (Brasília) e Motivo (PE). A receita líquida desse negócio somou R$ R$ 480 milhões no acumulado dos nove primeiros meses do ano passado.
Para a Cogna, a compra do sistema de ensino da Eleva, adotado por cerca de 200 mil alunos de 300 escolas, também faz sentido porque a companhia quer fortalecer seu negócio de material didático que já é formado por marcas como Anglo, pH, entre outras.
Demanda de investidores
Além disso, atende a demanda de investidores que vêm cobrando por aquisições relevantes por parte por parte da Vasta, braço de educação básica da Cogna que fez um IPO no ano passado.
Porém, segundo fontes, as conversas, que começaram há cerca de três meses, enfrentam dificuldades. Trata-se de uma transação complexa porque ambas as empresas querem manter seus contratos comerciais e não há ainda consenso sobre esses valores.
Sistemas de ensino
A Cogna venderia seus colégios, mas esses continuariam usando os sistemas de ensino que, normalmente.
O mesmo vale para a Eleva, que venderia o sistema de ensino, mas os alunos de suas escolas permaneceriam estudando com o material didático vendido à Cogna.
Também ainda não há consenso sobre o valor dos ativos, forma de pagamento e projeções de matrículas neste ano, em especial, na educação infantil – etapa que enfrentou grande evasão no ano passado devido à pandemia.
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