Elétrica CEB aprova privatização de unidade de distribuição CEB-D por R$ 1,42 bi

Elétrica CEB aprova privatização de unidade de distribuição CEB-D por R$ 1,42 bi

A Companhia Energética de Brasília (CEB), controlada pelo governo do Distrito Federal, informou que seus acionistas aprovaram por maioria nesta terça-feira uma proposta que prevê a venda de 100% das ações de sua controlada de distribuição de eletricidade CEB-D.

Em assembleia geral extraordinária, os acionistas decidiram ainda que a privatização da CEB-D deverá envolver preço mínimo de venda de R$ 1,423 bilhão pela empresa, disse a CEB em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A companhia disse ainda que será realizada na quarta-feira uma audiência pública para prestar informações sobre o processo de desestatização e receber contribuições da sociedade.

CEB

CPFL e Equatorial

Os grupos CPFL e Equatorial são os potenciais compradores mais engajados no processo de venda da distribuidora de energia da Companhia Energética de Brasília (CEB -D) até o momento.

A venda, modelada pelo BNDES, será feita por meio de leilão e a expectativa é que ocorra ainda neste ano. Outros grupos de energia também avaliam o ativo, segundo duas fontes.

A Equatorial já engajou o Santander, seu assessor financeiro, para avaliar a distribuidora gaúcha CEEE, apurou o Valor. No início de setembro, a CEEE informou que os acionistas de sua controladora, a Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações – CEEE-Par aprovaram a alienação de controle da distribuidora. Procuradas pelo Valor, a CPFL disse que “sempre busca oportunidades de crescimento, avaliando constantemente ativos que surgem no mercado” e a Equatorial não comentou.

Ativo à venda

Em processo mais adiantado, a CEB abriu a sala de informações sobre o ativo à venda, conhecido pelo jargão em inglês ‘data room’, no início de agosto. Para acessar a sala virtual, os interessados tem que pagar um taxa de R$ 30 mil e ainda fazer um depósito caução de R$ 350 mil.

A companhia tem endividamento alto e acumula prejuízos, sem condições financeiras de cumprir metas regulatórias.

A Equatorial já comprou distribuidoras estaduais em situação parecida, com forte experiência em reestruturação financeira e de gestão, ressaltou uma fonte.

A CEB-D é uma sociedade por ações de economia mista de capital fechado, cujo único controlador é a CEB, holding de capital aberto controlada pelo Distrito Federal.

Área de concessão

A área de concessão da CEB-D abrange o Distrito Federal, atendendo população de aproximadamente de três milhões de pessoas.

Em 2015, a companhia assinou um aditivo de concessão com a Aneel, prorrogando sua concessão da distribuição de energia elétrica no Distrito Federal até julho de 2045.

Responsável pela modelagem de desestatizações, o BNDES contratou por meio de licitação a assessoria financeira BR Partners, a consultoria LMDM, o banco Plural, a consultoria Thymos Energia e o escritório de advocacia Almeida, Rotenberg e Boscoli para avaliação econômica e jurídica da companhia e realização de roadshow.

No caso da CEEE-D, a controladora tem a expectativa de concluir a venda este ano mas há etapas a cumprir, disse uma fonte. Para os compradores, na conta para definir o valor de transação, tem peso o tamanho da dívida e o volume de investimento para cumprir metas regulatórias e ganhar eficiência. Ontem, as ações da Equatorial fecharam em queda de 2,08% na B3 e as ações da CPFL caíram 1,93%.

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