“Assim que os mercados internacionais se estabilizarem, o dólar deve cair mais”
Com as alterações na Reforma da Previdência e as novas negociações entre os EUA e a China, o cenário econômico brasileiro e global tem apresentado mudanças positivas. O dólar registrou uma queda de quase 2%, sendo cotado a R$ 4,07. Após duas quedas consecutivas da moeda americana, o maior índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, chegou a operar acima dos 100 mil pontos, uma alta de 1,52%. Recentemente, a guerra comercial entre EUA X China e a crise argentina causada pela vitória do candidato à presidência, Alberto Fernández, nas eleições primárias, geraram grandes oscilações no mercado global.
Os investidores se mostraram animados e o mercado reagiu bem. Para Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital, as alterações foram boas. “Esse upgrade que o Senado fez, principalmente na reforma previdenciária, foi positivo”. Ele pontua também que o dólar deve cair assim que os mercados globais se estabilizarem. “O investidor sai dos mercados onde tem liquidez, por conta da crise, o que gera certa confusão”. Para Bergallo, o maior impacto se deve às questões da Argentina. “O caso do Brasil se deve muito à Argentina, que tem causado bastante impacto no mercado financeiro por conta de uma realização de posições em países emergentes”, afirma.
Bergallo explica a influência da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Há um sobrepreço no dólar americano em relação ao real que se relaciona com toda a conjuntura que já é sabida, no cenário externo avesso a risco e a questão do embate comercial EUA X China”. O Diretor de Câmbio afirma que o investidor se sente inseguro com a crise que está ocorrendo na Argentina. “O investidor entra em colapso e ele precisa se desmobilizar, já que não tem tido liquidez na Argentina”. Fernando acredita que deve voltar a existir um fluxo de negociações no Brasil pelo cenário interno. “A gente acha que pode existir gradativamente um desmonte dessas posições para voltar a existir um fluxo no Brasil, principalmente pelo cenário interno”, finaliza o Diretor de Câmbio da FB Capital.
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