DÓLAR R$ 4,05 – CRISE ARGENTINA IMPACTA VALOR DA MOEDA AMERICANA

“Mercado está antecedendo e entendendo que irá ocorrer uma menor liquidez nos mercados financeiros globais”

“Mercado está antecedendo e entendendo que irá ocorrer uma menor liquidez nos mercados financeiros globais”

Já é possível ver os reflexos da crise Argentina no Brasil. As exportações para o país caíram por volta de 40%. Este cenário se deu por conta da vitória de Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas eleições primárias. Além das exportações, o mercado financeiro reagiu rapidamente ao acontecimento, fazendo com que o peso argentino caísse mais de 20%, o que resulta em pressão na economia do país. A Bolsa argentina também sentiu os efeitos da crise e caiu 37% com os resultados. No caso do dólar, a moeda chegou a ser cotada a 53 pesos.

No Brasil, tanto a Bolsa de Valores quanto o dólar estão sentindo o impacto. A moeda americana foi cotada a R$ 4,05, maior valor em 2 meses. Já a Bolsa chegou a despencar 2%.  O Diretor de Câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo, dá como exemplo a Grécia e explica que a Argentina é uma economia 4 vezes maior. “Quando ocorreu a crise grega o mercado financeiro mundial se contaminou. Portanto, essas economias, principalmente emergentes, estão todas alavancadas e existem muitos credores que possuem títulos desses países, por isso é uma ruptura, gerando um risco sistêmico para o mercado financeiro, enxugando o dinheiro do mundo inteiro”, explica o Diretor de Câmbio.

Recentemente, em meio à crise que se estende pelo país, o Ministro da Fazenda anunciou sua renúncia, gerando ainda mais turbulência e incertezas. Fernando ressalta que o problema na Argentina é o mercado antecipar todo o acontecimento, ainda não ocorreu nada extremamente preocupante no país, além das prévias, que foram vencidas pela oposição. “Mas caso isso se confirme nas eleições, existe a possibilidade de uma linha de esquerda assumir e se declarar um default. Dessa forma, o mercado já está antecedendo e entendendo que irá ocorrer uma menor liquidez nos mercados financeiros globais por conta deste problema local”, finaliza o Diretor de Câmbio da FB Capital.

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