DÓLAR EM ALTA – BRASILEIROS VENDEM SEUS IMÓVEIS NOS EUA

“O retorno é mais notável aos que investiram até 2016, quando a moeda estava com um preço consideravelmente mais baixo”

“O retorno é mais notável aos que investiram até 2016, quando a moeda estava com um preço consideravelmente mais baixo”

Recentemente o dólar sofreu uma alta e chegou a ser cotado em R$ 4,19, o momento se mostrou propício para os brasileiros que investem no exterior buscarem repatriar o capital. A alta de 0,22% pode não ser ideal para quem deseja realizar viagens, porém, para os que querem resgatar os investimentos, o período pode ser considerado ideal. Alocar dinheiro em territórios internacionais vem se tornando promissor, já que com o acesso a novos mercados, se abre uma chance de maior rentabilidade. O Censo de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), do Banco Central, revelou que somente em 2018, os brasileiros possuíam mais de US$ 500 bilhões declarados em investimentos no exterior, aproximadamente 25% do PIB da época.

Márcio Kogut, Empresário de 46 anos, investiu em imóveis nos Estados Unidos em 2013, ele conta que comprou seu primeiro imóvel quando a moeda americana estava precificada em torno de R$ 2. Com a cotação acima dos R$ 4, Kogut decidiu vender os imóveis para obter algum lucro, ele conta que apesar de ter diminuído o valor do imóvel a venda, a cotação elevada da moeda americana impediu maiores perdas. “No fim não obtive a valorização desejada, o que amenizou isso foi a cotação da moeda acima dos R$ 4”. Para Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital, o movimento de repatriação do capital está crescente. “A cotação atual da moeda americana torna o movimento mais atrativo. O retorno é mais notável aos que investiram até 2016, quando a moeda estava com um preço consideravelmente mais baixo”, comenta o Diretor de Câmbio.

Kogut afirma que o processo de compra não foi burocrático, pagou metade do valor à vista e financiou o restante. “Foi um processo tranquilo, as dificuldades surgiram por conta do banco escolhido para o financiamento, porém o processo de compra foi bem menos burocrático que o habitual do Brasil”, comenta o Empresário. Bergallo ressalta a dificuldade de empreender no Brasil e afirma que isso deve ser observado, ele compreende que ainda há muito para evoluir em questão de empreendimento no país, isso também motiva as pessoas a investirem fora, já que o processo no exterior é menos burocrático. Com uma taxa de juros mais baixa, essa dificuldade é potencializada e recomenda-se que o investidor resgate seu capital com planos já estabelecidos. “O juro real também está muito baixo, então o mais indicado é que o investidor resgate esse capital já com planos”, pontua Bergallo.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.