A Planner está revisando a CSN (CSNA3) dentro de seu portfólio. Por conta disso, ainda não definiu preço-alvo. Os papéis da siderúrgica estão cotados a R$ 19,45 por ação.
Conforme relatório, a companhia obteve no terceiro trimestre um resultado acima das expectativas da gestora, e também da média do mercado.
“Isso ocorreu pelos maiores volumes vendidos e por preços melhores na mineração e também na siderurgia”, informou a Planner.
Além disso, disse, a empresa deve realizar ainda no quarto trimestre de 2020 a abertura de capital da sua controlada CSN Mineração, o que contribuirá em muito para a redução do endividamento consolidado.
“Este conjunto positivo de informações levou a uma forte valorização da ação, que já subiu 38,0% em 2020, enquanto o Ibovespa teve uma desvalorização de 14,4%. Com isso, a cotação de CSNA3 superou nosso Preço Justo, que era de R$ 17 por ação (potencial de alta em 15% quando o relatório foi emitido). Vamos revisar nossas expectativas, considerando os bons números do terceiro trimestre de 2020 e, em breve, divulgaremos novas projeções para a empresa”, informou a Planner.
Preços do aço
Para a Planner, a recuperação das vendas nos últimos meses, em um ambiente com a produção ainda retraída, somado à desvalorização do real e as cotações estáveis no exterior, tem permitido uma sequência de aumentos nos preços do aço no mercado brasileiro.
A CSN já aumentou seus preços de laminados em 40% até setembro para o segmento de distribuição (38% das vendas totais no 3T20).
Em outubro houve uma nova correção de 13% e outra deve ocorrer em novembro, desta vez de 7%. Nos produtos revestidos, os aumentos foram de 29% até setembro, mais 12% em outubro e, possivelmente, 7% de correção no próximo mês. Estes aumentos permitirão uma elevação de 12% nos preços médios de venda no quarto trimestre de 2020.
Atualmente, a demanda está muito forte e isso deve perdurar, pelo menos durante o primeiro trimestre de 2020. A CSN estima uma queda de 5% no consumo de aços planos no Brasil em 2020, mas aumento entre 1% a 2% para os longos.
Mineração
Os preços elevados na China, juntamente com o real desvalorizado, somado à normalidade da produção, devem continuar permitindo bons resultados para este segmento da CSN.
A CSN conseguiu no terceiro trimestre de 2020 uma redução de 7,6% (R$ 2,5 bilhões) em seu endividamento líquido, em função da redução na necessidade de capital de giro, adiantamentos por conta da venda futura de minério e da forte geração de caixa do período.
A empresa diminuiu suas expectativas da relação dívida líquida/EBITDA ao final de 2020 para 2,5x, sendo que a projeção anterior era de 3,5x.
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