A Cosan (CSAN3) reportou lucro líquido de R$ 620 milhões no quarto trimestre de 2020, queda de 21,8% em igual período do ano anterior, conforme relatório encaminhado ao mercado.
De acordo com o documento, no quarto trimestre de 2019 a companhia havia obtido lucro líquido de R$ 792,5 milhões.
Já a receita líquida da companhia somou R$ R$ 20,992 bilhões de outubro a dezembro de 2020, crescimento de 8,1% frente aos R$ 19,411 bilhões de igual período de 2019.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou R$ 2,101 bilhões no último trimestre do ano passado, queda de 0,2% sobre os R$ 2,105 bilhões do mesmo período de 2019.
Credit Suisse
Em relatório assinado pelos analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, o banco calcula que o valor de empresa (EV) da Biosev fechado na operação ficou entre R$ 5,1 bilhões e R$ 5,4 bilhões. Considerando a moagem da Biosev, o múltiplo da compra ficou em R$ 160 por tonelada de cana — bem mais barato do que seria o múltiplo da São Martinho, de R$ 600 a tonelada.
Além disso, o formato acertado pressupõe uma alavancagem (relação entre dívida líquida e lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização – Ebitda) de 2 vezes, estável tanto para a Biosev como para a Raízen. Embora a dívida não seja transferida para a Raízen, a joint venture assumirá outros passivos, que incluem prejuízos acumulados em R$ 8,2 bilhões.
Com a aquisição, o Credit Suisse estima que as ações da Cosan têm potencial maior para o múltiplo (valor de empresa sobre Ebitda) entre 2,8 vezes e 3 vezes. Parte desse potencial de alta, segundo o banco, já foi precificado assim que a aquisição foi anunciada.
A Raízen espera ganhar em sinergias R$ 6 bilhões ao longo de dez anos com a compra da Biosev, com a combinação de ganhos operacionais, financeiros e comerciais — o que representa 9% do valor de mercado da Cosan.
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