Cedro Capital aporta R$ 2 milhões na startup de viagens OnFly

O investimento, que chama atenção em meio à crise de saúde global, fornece à Onfly a liquidez necessária para continuar sua trajetória de crescimento

A Onfly, startup mineira de viagens corporativas e gestão de despesas, acaba de anunciar o recebimento de um aporte de R$ 2 milhões da Cedro Capital, Gestora de Recursos sediada em Brasília (DF) e com foco de atuação na região central do Brasil.

O investimento, que chama atenção em meio à crise de saúde global, fornece à Onfly a liquidez necessária para continuar sua trajetória de crescimento – iniciada em 2018 -, apesar do impacto causado pela pandemia de Covid-19. Também permite que a empresa continue a investir em tecnologia para garantir que esteja bem posicionada à medida que as viagens retornam.

Cedro Capital aporta R$ 2 milhões na startup de viagens OnFly

Chamou a atenção

Alessandro Machado, sócio e diretor da Cedro Capital, conta que a Onfly chamou a atenção em 2019 com alguns aspectos de posicionamento de mercado como agência corporativa digital, qualidade da plataforma em termos de usabilidade e competitividade de preços. “Fomos clientes antes de decidir investir. A empresa veio mostrando crescimento consistente e os números validaram nossa expectativa”, conta.

Outro aspecto importante para o aporte foi a tração de crescimento apresentada em 2019, como aponta Machado: “Quando veio a pandemia, percebemos a aceleração da digitalização dos serviços em vários setores, do varejo à educação, e então focamos na oportunidade. Quando as viagens corporativas retomarem ao estado normal, as empresas voltarão mais digitais do que nunca e a Onfly está pronta”.

Crescimento

Marcelo Linhares, cofundador da Onfly ao lado de Elvis Soares, revela que o primeiro contato com a Cedro Capital aconteceu em janeiro de 2020, mas como a empresa estava crescendo bastante, naquele momento não fazia sentido o aporte. Segundo ele, a startup movimentava mensalmente R$ 1,8 milhão. Contudo, com a pandemia, o cenário mudou.

“Nosso setor foi um dos mais atingidos devido ao surto da Covid-19. As viagens de negócios quase pararam durante a pandemia, forçando muitas empresas a realizar reuniões virtuais por conta das restrições. O pior mês de vendas foi abril de 2020, quando as empresas praticamente zeraram suas viagens”, conta.

Meses de negociação

Em junho a negociação foi retomada, processo que durou cinco meses. A partir de agora, as expectativas não poderiam ser melhores, já que o Brasil retomou cerca de 50% do volume de passageiros, de acordo com a Skift Research, e a tendência é crescimento. “Mesmo com 60% ou 70% do volume do passado, a Onfly terá um grande mercado para explorar empresas que buscarão eficiência, digitalizando seus processos de viagens”, diz Alessandro Machado, da Cedro Capital.

Para este ano, a partir desse investimento, a perspectiva é movimentar R$ 45 milhões em viagens, volume cinco vezes maior do que o ano passado, que fechou em R$ 8,5 milhões.

Investimento

Com o investimento, segundo o CEO da Onfly, o objetivo agora é ganhar visibilidade no mercado. “Estamos bem alinhados em relação às nossas metas e otimistas com a chegada da vacina. Acreditamos em um crescimento exponencial, principalmente no segundo semestre. Trabalhamos na evolução constante da plataforma com o lançamento de quatro a cinco novas funcionalidades por mês, estamos contratando profissionais de tecnologia, marketing, vendas e automatizando os processos operacionais. Até 2025 esperamos um faturamento de R$ 1 bilhão, de olho no volume da Decolar e Booking.

Atualmente há um grande volume de viagens corporativas compradas nas OTAs – agências de turismo online – e nos sites das companhias aéreas. Estes portais foram feitos para atender o mercado de lazer e não o cliente corporativo, que tem necessidades específicas”. Para isso, Marcelo Linhares e Elvis Soares contam, também, com Daniel Bento, ex-CEO da Decolar, no papel de advisor.

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