Bolsas globais abrem em queda; confira os principais destaques

O Ibovespa Futuros abriu em queda e caía 0,07% perto das 9h20

As Bolsas globais abrem a sexta-feira em queda, pressionadas por nova alta nos rendimentos dos Treasuries após fala mais cautelosa do presidente do Fed na véspera. Dia tem agenda cheia com dados de emprego nos EUA e de produção industrial no Brasil, além dos balanços corporativos.

O Ibovespa Futuros abriu em queda e caía 0,07% perto das 9h20, seguindo o movimento misto das bolsas globais, com algum alívio na parte fiscal após a aprovação em 2º turno da PEC Emergencial no Senado, que cria gatilhos para contenção de despesas públicas e viabiliza uma nova rodada do auxílio emergencial. O aumento dos casos de Covid-19 paralisa qualquer recuperação mais robusta dos ativos, com a iminência de novos e prolongados lockdowns.

Lá fora, os futuros dos índices americanos Dow Jones Industrial Average, NASDAQ Composite e S&P 500 (NYSE:SPY) subiam 0,26%, 0,15% e 0,25%, respectivamente, à espera dos dados do relatório de empregos Payroll, às 10h30, que deve mostrar criação de 182 mil empregos em fevereiro, contra 49 mil no mês anterior.

Os investidores ficam de olho também no movimento do mercado de títulos da dívida americana (NASDAQ:SHV), cuja alta sinaliza uma ameaça de queda na abundante liquidez global e, consequentemente, uma saída de ativos mais arriscados, como os brasileiros.

Ações globais sobem com esperança de recuperação nesta segunda-feira

Bolsas: noticiário

Nos principais jornais do país, apelos e alertas sobre o caos na saúde que se instala em todo o território nacional, com o aumento exponencial dos casos de Covid-19, que podem chegar a 3 mil óbitos diários em março, segundo membros da cúpula do ministério da Saúde consultados pelo Valor Econômico sob condição de anonimato.

No Globo, destaque para as críticas da comunidade internacional, que vê ameaças de propagação de novas variantes do vírus por conta do descontrole da pandemia no Brasil. Ao menos 18 países suspenderam totalmente os voos vindos daqui.

Em São Paulo, mesmo autorizadas a continuar com as aulas presenciais, escolas particulares estão começando a suspender as atividades novamente, informa a Folha de S. Paulo. A partir deste sábado, o estado mais populoso do país entra na fase vermelha do contingenciamento, o mais restritivo e que só permite o funcionamento de serviços essenciais.

Enquanto isso, a aprovação da PEC Emergencial, com o valor máximo para um possível novo auxílio emergencial mantido em R$ 44 bilhões, fez com que a equipe do ministério da Economia respirasse aliviada, informa o Estado de S. Paulo.

Bolsas: Brasil

Guedes – A proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial representa um compromisso com a saúde e a economia, disse ontem o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em vídeo gravado ao lado do relator do texto, senador Márcio Bittar (MDB-AC), o ministro comemorou a aprovação do texto pelos senadores e agradeceu aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira.

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Serviços

Ao Valor, representantes dos setores de serviços e comércio informaram que as previsões para o faturamento em 2021, que já não eram otimistas, estão piorando consideravelmente com a bagunça causada pela pandemia.

PIB de SP – Ontem, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que o Produto Interno Bruto do estado cresceu 0,4% em 2020, com base em cálculos da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, o Seade.

Agenda do dia

O presidente Jair Bolsonaro tem reunião com Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil, às 9h30, com o deputado Pinheirinho (PP/MG), às 10h, com Pedro Cesar Sousa, subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, às 10h30, com Damares Alves, ministra dos Direitos Humanos, às 11h, com Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, às 16h30.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, às 10h, com a chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos, Daniella Marques, às 11h, e com o procurador-Geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano, às 15h.

Empresas

  • Azul (SA:AZUL4) – A Azul precisou cortar 50 voos por dia em março e abril por conta da piora na pandemia no país, disse o presidente da companhia aérea, John Rodgerson, segundo o Estadão.
  • CCR (SA:CCRO3) – A CCR teve no quarto trimestre crescimento do tráfego nas rodovias que administra pela primeira vez desde o início da pandemia, refletindo menores restrições à circulação, mas fechou o período com prejuízo devido a uma baixa contábil.
  • Iguatemi (SA:IGTA3) – O Iguatemi teve uma recuperação parcial no quarto trimestre, com afrouxamento das medidas de isolamento social, mas seguiu com queda nos comparativos anuais devido aos efeitos continuados da pandemia da Covid-19 sobre o comércio físico.
  • B3 (SA:B3SA3) – O crescente interesse de empresas e investidores pelo mercado de ações brasileiro num ambiente de juros historicamente baixos impulsionou as receitas da B3, que teve lucro líquido de R$ 1,097 bilhão no quarto trimestre, um salto de 49,7% sobre um ano antes.
  • Lojas Americanas (SA:LAME4) – A Lojas Americanas divulgou nesta quinta-feira lucro líquido de quarto trimestre praticamente estável em relação ao mesmo período de 2019, de R$ 400,4 milhões, segundo dados do balanço da controladora do grupo.
  • Natura (SA:NTCO3) – A Natura&Co, controladora de marcas como Avon e The Body Shop, divulgou nesta quinta-feira lucro líquido consolidado de R$ 175,7 milhões para quarto trimestre, período em que o grupo lançou uma oferta pública de ações que atingiu R$ 5,6 bilhões. O desempenho reverteu resultado negativo de um ano antes, apesar de restrições à circulação em vários países onde a empresa atua.
  • B2W (SA:BTOW3) – A B2W teve um salto em suas principais linhas de resultados no quarto trimestre, enquanto seguiu se beneficiando do salto do comércio eletrônico no Brasil, na esteira das restrições ao comércio físico tomadas durante a pandemia.
  • AES Brasil – A elétrica AES Brasil atualizou sua projeção de investimentos para o período entre 2021 e 2025 para cerca de R$ 2,4 bilhões, ante R$ 1,5 bilhão estimados anteriormente, após fechar contrato para fornecer energia à Ferbasa (SA:FESA4), informou a companhia nesta quinta-feira.
  • Petrobras (SA:PETR4) – A Petrobras reiterou nesta quinta-feira em comunicado que todos os membros da diretoria executiva estão comprometidos em cumprir seus mandatos, que se encerram em 20 de março.
  • MRV (SA:MRVE3) – A MRV teve lucro líquido consolidado de R$ 196 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 29,8% em relação ao mesmo período de 2019. No acumulado do ano, o lucro totalizou R$ 550 milhões, baixa de 20,3% em relação ao anterior.
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