BTG (BPAC11): Lifetime quer R$ 21 bi em 5 anos; Necton fará crescer a estratégia digital

BTG (BPAC11): Lifetime quer R$ 21 bi em 5 anos; Necton fará crescer a estratégia digital

O BTG Pactual (BPAC11) fez duas aquisições de peso recentemente, a exemplo dos escritórios Lifetime e Necton.

O primeiro pretende alcançar R$ 21 bilhões sob custódia em até cinco anos, enquanto que o segundo faz parte da estratégia de desenvolvimento do braço digital da instituição financeira.

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Transferências

Segundo o Estadão, poucas semanas após a saída da Lifetime do guarda-chuva da XP, 850 clientes já optaram pela migração. A expectativa é de transferência de R$ 1 bilhão vindos dessas contas.

O objetivo é chegar a mil clientes migrados no primeiro mês. Na XP, a Lifetime tinha 4 mil clientes private, com R$ 4 bilhões sob custódia. Parte disso era por meio da gestora, que também foi para o BTG. O ganho de escala vai ao encontro do acordo fechado com o BTG, que prevê transformar o escritório em corretora com o BTG como sócio minoritário, com 49,9% do capital.

Musculatura

Conforme o jornal, capitalizado e ponto para atuar de forma agressiva para dar musculatura à sua plataforma digital, o BTG Pactual comprou a Necton Corretora, que nasceu da união entre Concórdia e Spinelli, duas corretoras da antiga geração que se uniram na tentativa de fazer frente a um mercado cada vez mais competitivo. O BTG desembolsou R$ 348 milhões na aquisição.

Trata-se do terceiro movimento do tipo desde que o banco colocou R$ 2,65 bilhões no caixa, com uma oferta de ações que foi estruturada para dar munição para o crescimento da plataforma digital. Outras potenciais aquisições estão sendo analisadas pelo banco, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

Necton

Quanto à Necton, o BTG informou que sua intenção é manter tanto a marca quanto a operação da Necton Corretora independentes, segundo a tendência de mercado de manter várias “grifes” dentro do mesmo grupo. A operação precisa passar por aprovação dos órgãos reguladores, incluindo o BC.

Por trás da corrida para a disputa no mundo de investimentos digitais está o cenário de juros baixos no Brasil, na mínima de 2%. Com os juros reais (com o desconto da inflação) perto de zero, investidores têm procurado outras opções no mercado.

Para o BTG Pactual, depois de investimentos em sua plataforma digital que somam mais de R$ 800 milhões desde 2014, atrair mais agentes ajudará no ganho de escala do negócio e na redução de custos fixos. A meta é encerrar o ano com mil profissionais plugados à plataforma. Hoje, seriam cerca de 800.

O movimento precisa ser rápido, já que a competição tem levado a um aumento de procura por ativos para compra, deixando bem aquecida a atividade de fusões e aquisições no mercado de plataformas e corretoras.

Veja BPAC11 na Bolsa:

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