Toro Investimentos divulga carteira de ações recomendadas para fevereiro

Após dois meses de forte alta, o mês entrou com bastante volatilidade

A Toro Investimentos divulgou sua carteira de ações recomendadas para fevereiro, conforme relatório encaminhado ao mercado.

De acordo com o documento, após dois meses de forte alta, fevereiro veio com bastante volatilidade.

As notícias positivas e negativas se alternaram, especialmente quando o tema era a pandemia. De um lado, a expectativa com a aprovação das vacinas junto à Anvisa e o início de sua aplicação em setores prioritários da população trouxe grande otimismo.

De outro, o avanço veloz da segunda onda de contágios pelo mundo também atingiu o Brasil, que volta a registrar números semelhantes ao pior momento de 2020.

A isso se somam o elevado potencial de contágio de uma nova cepa do vírus identificada em Manaus, o que pode ter contribuído de forma decisiva para o colapso do sistema de saúde local, e os problemas diplomáticos e logísticos para a obtenção das doses necessárias para a continuidade da campanha de vacinação. Em meio a essas dificuldades, todo o resto ficou em segundo plano.

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Ações: fevereiro

Os problemas em torno das vacinas não têm sido uma exclusividade brasileira, o mundo todo corre para conseguir as doses necessárias para imunizar sua população o mais rápido possível. Por isso, ainda devemos ter solavancos nesse tema nas próximas semanas.

Ações: seleção

  • AZUL4

Sabemos que o segmento aéreo sofreu fortes impactos durante o ano de 2020, e que diversas medidas para conter esses impactos. Dentre o setor a companhia aérea Azul (AZUL4) tem conseguido se destacar tanto que suas ações têm apresentado uma performance descolada dos seus pares. Recentemente a companhia apresentou sua expectativa de retomada dos voos acompanhada da previsibilidade de corte de endividamento pela metade neste ano, o que  pode trazer impulsos nos números da aérea e consequentemente em suas ações.

  • BBAS3

Em janeiro, o atual presidente do Banco do Brasil (BBAS3), André Brandão, anunciou um projeto de reestruturação do Banco numa proposta voltada para redução das agências e crescimento do digital. A medida acabou causando um certo ruído entre o Banco e o Estado, o que ligou o sinal de alerta do mercado sobre possíveis intervenções estatais. Esse momento de incerteza fez com que os preços sofressem uma importante queda, colocando BBAS3 num  patamar interessante para compra. Como o plano de reestruturação segue em pauta o mercado recentemente voltou a comprar Banco do Brasil e acreditamos que isso possa impulsionar os preços no mês de fevereiro.

  • BRML3

Desde meados do ano passado o segmento de shopping center tem retomado suas atividades, ainda que a passos lentos, à medida que a flexibilização da quarentena acontecia. A partir do final de janeiro começamos a observar o retorno do movimento comprador de alguns ativos e acreditamos que Br Malls (BRML3) tem bastante espaço para performar ao longo de fevereiro. Além disso, a reabertura das atividades econômicas deve acompanhar o processo de vacinação contra o novo coronavírus da população,

  • CEAB3

A pandemia fez com que, o processo de vendas pela internet acelerasse e as empresas que se estruturaram para receber o crescimento da demanda do e-commerce se beneficiaram desse cenário. A Cea Modas (CEAB3) se mostrou bastante inovadora e preparada para essa mudança de perfil do consumidor. Acreditamos que as próximas divulgações de resultado da companhia ainda vão apresentar números importantes, reflexo dessa estruturação das vendas virtuais.

  • CIEL3

Líder nacional no setor de adquirência, a Cielo reportou bons resultados para o quarto trimestre de 2020 (4T20). Favorecido pela recuperação no nível de volumes e pelo controle de gastos, o lucro líquido da Companhia atingiu crescimento anualizado de 34,7%. Enquanto, o EBITDA avançou 16% em relação ao 3T19. Além disso, a Empresa segue focada no seu processo de digitalização, avaliando também oportunidades de vendas de ativos. Tais fatores tendem a impulsionar o preço das ações CIEL3 em fevereiro.

  • DTEX3

A Duratex tem adotado uma gestão eficiente para combater os efeitos adversos provocados pela pandemia do coronavírus. Além disso, a recuperação do setor de construção civil e os novos hábitos de consumo vem beneficiando a Companhia. Ademais, acreditamos que o avanço nas estratégias para a redução de custos, otimização de processos, reestruturação de capital, e melhorias de gestão nas áreas industriais e de suprimentos tendem a beneficiar os seus resultados operacionais. Dessa forma, recomendamos a aquisição das ações DTEX3.

  • ENEV3

A Eneva é uma Companhia integrada de energia, além de possuir negócios complementares voltados para geração de energia elétrica, exploração e produção de hidrocarbonetos no Brasil. Acreditamos que a Empresa possui capacidade para expandir as operações, beneficiando-se das oportunidades apresentadas no mercado de gás, do desenvolvimento da Usina Termoelétrica Nossa Senhora de Fátima (UTE Fátima) e da possível aquisição do Complexo Urucu. Dessa forma, recomendamos a compra do ativo ENEV3 em fevereiro.

  • JBSS3

Para o mês de fevereiro selecionamos empresas como a JBS (JBSS3) devido por sua exposição ao dólar, uma vez que a companhia apresenta várias plantas em território norte americano e ainda se beneficia do crescimento da demanda mundial por proteína animal e do câmbio favorável para as exportações.

  • MGLU3

Com o movimento de correção das varejistas que observamos no início de 2021 alguns ativos, que já operavam em seu “preço justo”, voltaram a operar em patamares de preço atrativos aos investidores. Acreditamos que esse cenário acaba trazendo gatilho de compra para empresas como Magazine Luzia (MGLU3). A companhia, que já tem seu favoritismo no mercado em detrimento de sua boa posição no e-commerce e no varejo de bens duráveis, deve continuar apresentando números atrativos para as próximas divulgações de resultado, o que deve impulsionar ainda mais os preços no mês de fevereiro. 

  • TOTS3

A Totvs (TOTS3) é líder no mercado de sistemas de gestão empresarial, o que contempla soluções que não deixam de ser utilizadas em períodos de crise e que têm barreiras de entrada fortes. Durante a pandemia a empresa se mostrou bastante resiliente e isso se deve pela atuação da Companhia em diversos segmentos. Mesmo com a indefinição de tendência do Ibovespa no mês de janeiro as ações da Totvs se mantiveram num viés de alta, e acreditamos na continuidade dessa tendência para fevereiro. 

Varejo/consumo

 O início de 2021 foi marcado pelo cenário em que as queridinhas de 2020 (as varejistas) sofreram uma correção importante em seus preços em detrimento de um movimento de rotação setorial. Essa correção foi amparado por uma mudança de cenário econômico, que, se antes favorecia o varejo, em especial o e-commerce, passou a privilegiar outros segmentos como Indústria, commodity e bancos. Todavia, acreditamos que em algumas ativos o cenário de correção já cessou e a retomada do movimento comprador deve acontecer já no mês de fevereiro. 

Energia

O setor de energia elétrica reúne vantagens competitivas de um monopólio, como a baixa competitividade, o alto poder de barganha das companhias com seus fornecedores, o baixo poder de negociação dos clientes e as barreiras para novos entrantes. Ainda acreditamos que o ano de 2021 seja marcado pela retomada da demanda por energia, que muita das vezes vem de uma demanda represada em detrimento do retrocesso econômico observado no ano. A retomada das atividades ao longo de 2021 deve ser um importante destravador de preço para as ações do setor elétrico.

Serviços financeiros

Apesar do setor bancário ter demorado a sentir o movimento de recuperação da Bolsa, os últimos meses de 2020 foram marcados pelo forte fluxo comprador dos papéis desse segmento. Essa retomada se deu tanto pelo otimismo generalizado dos mercados, quanto pela forte entrada de fluxo de capital estrangeiro das Bolsas emergentes. No início de 2021 vimos o mercado pisar no freio em relação a esse bom humor generalizado, o que fez alguns ativos voltados para serviços financeiros recuarem. Esse recuo trouxe os papéis para patamares de preço atrativos aos investidores. Acreditamos que em fevereiro a retomada das compras do setor bancário possa acontecer.

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