O mercado perdeu o otimismo em relação a um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, após Vladimir Putin afirmar que os ucranianos “não estão sérios sobre encontrar uma solução aceitável”, em conversa com Charles Michel, presidente do conselho europeu, na manhã desta quinta-feira (15). Parecia que as negociações estavam caminhando para um final responsável nos últimos três dias.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chegou a afirmar que “a Ucrânia precisa aceitar que não fará parte da OTAN”. A possibilidade de entrada na aliança militar é um dos motivos da invasão citados por Putin: abriria a possibilidade de bases americanas em ótima posição para uma eventual invasão da Rússia, além de colocar mísseis nucleares na fronteira. O presidente russo via isso como uma grande ameaça à segurança do país.
Michel, por sua vez, pediu para Putin interromper a guerra e abrir corredores humanitários, além de destacar que a União Europeia está unida em condenar as ações russas, com fortes sanções. A não-entrada da Ucrânia na União Europeia é uma segunda exigência do presidente russo: embora nem todos os países da organização sejam da OTAN, não está claro sobre o que aconteceria se um deles entrasse em guerra com a Rússia.
O conflito com a Ucrânia, de uma forma ou outra, já dura oito anos, tendo iniciado em 2014 – com a anexação da Crimeia e o começo do conflito na região de Donbass – há duas repúblicas separatistas ali, que recebem apoio russo. O reconhecimento da independência das duas repúblicas, onde a população fala russo e se entende como russos, é uma outra lista de exigências de Putin. E é nesse ponto que há os maiores empecilhos para o fim da Guerra, já que a Ucrânia não aceita perder territórios ou reconhecer a Crimeia como russa.
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