Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, confirmou dois casos de pessoas infectadas por uma nova variante do coronavírus, a Deltacron, na manhã desta terça-feira (15). A nova variante, que combina características da Ômicron e da Delta, foi detectada no Amapá e no Pará.
A Deltacron vem sendo monitorada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) desde o começo de março, quando começou a ser identificada na França – país que concentra a maioria dos casos dessa variante, com 33. Queiroga destacou a importância da vacinação para conter a transmissão do vírus, já que a forte circulação favorece o desenvolvimento de novas variantes – e embora a Ômicron, hoje a variante dominante, seja menos letal, em teoria é capaz de surgir alguma que seja mais violenta ou que consiga escapar das vacinas.
Permitir a circulação do vírus, portanto, é abrir a possibilidade de problemas futuros. Esta variante, embora perigosa, não tem tantas diferenças assim – 75% dela é idêntica à Ômicron – e ainda deve ser suficientemente coberta pelas vacinas atuais.
“Esta variante é considerada de importância e requer monitoramento. Tudo que acontece nos outros países, nós observamos. Monitoramos todos os casos, e isto é fruto do fortalecimento da capacidade de vigilância genômica do Brasil”, disse o ministro. A pandemia não acabou, mas as mortes foram fortemente reduzidas com a vacinação – a maior parte dos internados e óbitos é de pessoas que não se vacinaram. Cidades como Rio de Janeiro e São Paulo começam a aliviar as medidas, desobrigando o uso de máscaras. A vacinação está em nova fase e já se discute uma quarta dose de reforço.
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