ESG é um termo que vem se tornando cada vez mais popular no mercado financeiro.
A sigla ESG é a abreviação de uma definição em inglês que significa Environmental, Social and Governance. Em português, é possível encontrar como ASG, referindo-se à Ambiental, Social e Governança.
O termo vem recebendo destaque mundial por estar associado a negócios consolidados, com baixo custo de capital, e de resistência superior a riscos relacionados a sustentabilidade e clima.
Após o acidente da Vale (VALE3) em Brumadinho (MG), que ocorreu no dia 25 de janeiro de 2019 e deixou mais de 220 mortos, os investidores no Brasil despertaram mais interesse neste tema.
Governança, Ambiental e Social
Durante anos, o principal foco das organizações, governos, empresas e até mesmo dos investidores, era direcionado para o aspecto representado pela letra G da sigla, Governança.
Fatores como faturamento, liderança, corrupção, ética de negócios eram determinantes para a avaliação de uma empresa antes de se tornar um investidor. Mas na última década, muitos acionistas têm avaliado os conceitos ambiental e social antes de adquirir uma ação.
Isso acontece pois os critérios analisados nos ESG promovem informações para os investidores sobre a relação da empresa com o meio ambiente, seu compromisso social, relacionamento com a comunidade e público. Em geral, empresas com boa governança são mais íntegras e confiáveis por estarem menos sujeitas a ceder para corrupção ou coerção.
ESG no Brasil
Aqui no Brasil, os parâmetros ESG ainda estão no estágio inicial, os campos que desenvolvem os critérios de sustentabilidade, ética governamental e social são pequenos, e a maior parte corresponde aos investidores globais fora do Brasil.
O termo está cada vez mais sendo usado por corretoras, bancos, consultores financeiros e fundos de investimentos em nome de uma avaliação apurada sobre o meio ambiente, sociedade e governança.
“Elas tendem a ter um negócio mais bem estruturado e uma qualidade superior de gestão, o que leva a um melhor desempenho sob o aspecto financeiro”, comenta Marcelo Nantes, superintendente de gestão de fundos da Bradesco Asset Management.
Empresas como Natura (NTCO3), Ambev (AMBEV3), Banco do Brasil (BBAS3), são exemplos de empresas brasileiras com foco em padrões ESG, segundo dados da XP Investimentos.
Impacto nas empresas
Quando o investidor opta por incluir ações ESG dentro de sua carteira de investimento, as empresas que ainda não condizem com os padrões respectivos, se sentem pressionadas a se modificarem aos critérios impostos.
Este movimento é benéfico tanto para o meio ambiente, quanto para as empresas e quem compra suas ações.
Em 2017, a empresa global de informações de dados, Nielsen, divulgou uma pesquisa sobre consumidores de todo o mundo e mostrou que 81% dos consumidores apostam muito mais em empresas que ajudam a melhorar o meio ambiente. E cerca de 60% dos consumidores estão extremamente preocupados com a poluição da água e do ar, uso de plástico em embalagens, resíduos de alimentos, entre outros.
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