Dólar aproxima-se de R$ 5,20 e fecha no menor nível do ano; Ibovespa alcança 123 mil pontos

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (14) vendido a R$ 5,201, com recuo de R$ 0,101 (-1,9%)

Beneficiado pela entrada de fluxos externos, o dólar teve forte queda, aproximando-se de R$ 5,20 e fechando no menor valor do ano nesta quinta-feira (14). A bolsa de valores recuperou-se da queda de quarta (13) e ontem fechou em alta de 1,27%.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (14) vendido a R$ 5,201, com recuo de R$ 0,101 (-1,9%). A divisa chegou a operar próxima da estabilidade pela manhã, mas acelerou a queda durante a tarde. Na mínima do dia, por volta das 15h30, a cotação chegou a R$ 5,19.

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Dólar: terceiro recuo

Esse foi o terceiro recuo seguido do dólar. Desde segunda-feira, a divisa acumula queda de 5,39%. Após a queda de hoje, a moeda norte-americana acumula valorização de 0,39% em 2021.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pelo otimismo. O índice Ibovespa, da B3, fechou a quinta-feira com alta de 1,27%, aos 123.480 pontos. O indicador recuperou-se parcialmente da queda de ontem, também beneficiado pelo ingresso de capitais estrangeiros.

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Mercados

Nos últimos dias, os mercados financeiros em todo o planeta têm sido estimulados pela expectativa de um novo pacote de US$ 2 trilhões de estímulo econômico a ser aprovado pelo governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, para combater a crise provocada pela pandemia de covid-19. A injeção de dólares na economia global beneficia países emergentes, como o Brasil.

Investidores brasileiros e estrangeiros salvam Ibovespa em 2020

Ibovespa, ontem

Expectativas em torno de um novo pacote de estímulo de 2 trilhões de dólares nos Estados Unidos colocaram investidores de volta à ponta compradora de ações pelo mundo, inclusive na B3 (B3SA3), cujo principal índice recuperou o nível dos 123 mil pontos.

Apoiado no avanço robusto das ações de maior peso da carteira, o Ibovespa avançou 1,27% nesta quinta-feira, aos 123.480,52 pontos. O giro financeiro da sessão somou 30,6 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, tanto a expectativa de anúncio do pacote pelo presidente eleito dos EUA, Joe Biden, quanto as notícias de campanhas de vacinação pelo mundo contra Covid-19 reforçaram apostas de recuperação da economia global, inflando os ativos financeiros.

“A leitura é de que, com essa combinação, o crescimento econômico global já está contratado”, disse o sócio e economista da VLG Investimentos, Leonardo Milane.

No caso brasileiro, porém, após o Ibovespa ter experimentado um rali de 33% em pouco mais de dois meses, para novas máximas históricas no início deste mês, as ações brasileiras ficam mais vulneráveis a correções maiores.

A não ser, é claro, que o fluxo siga positivo no curto prazo como tem sido em janeiro. Só nas primeiras sete sessões de janeiro, o ingresso líquido de recursos no mercado à vista da Bovespa já supera 15 bilhões de reais.

Destaques

DASA (DASA3) deu um salto de 13,7%. A ação tem registrado maior volatilidade desde o anúncio da proposta de fusão entre Hapvida (SA:HAPV3) e Notre Dame Intermédica (SA:GNDI3), na sexta-feira passada.

– BANCO DO BRASIL (BBAS3) caiu 0,24%. O presidente Jair Bolsonaro silenciou nesta quinta-feira sobre a possível demissão do presidente-executivo do banco, André Brandão. O BB declarou pela manhã não ter recebido qualquer comunicação oficial do acionista controlador sobre suposta demissão. Na véspera, a ação já tinha caído 4,94% em meio a notícias sobre o assunto.

– BRADESCO (BBDC4) ganhou 3,1%, com o setor bancário privado sendo um dos principais motores do Ibovespa nesta sessão. ITAÚ UNIBANCO evoluiu 3% e SANTANDER BRASIL teve incremento de 2,8%.

– PETROBRAS (PETR4) subiu 1%, na esteira da recuperação dos preços internacionais do petróleo.

– VALE (VALE3) teve valorização de 1,6%, voltando à rota positiva, após ter sido atingida por realização de lucros nas últimas sessões. O movimento foi seguido por siderúrgicas, com USIMINAS (USIM5) crescendo 1,8% e CSN (CSNA3) com incremento de 3,1% e GERDAU (GGBR4), em alta de 4,2%.

– CYRELA (CYRE3) cresceu 3,5%, com o setor imobiliário sendo destaque positivo na sessão. MRV (MRVE3), que divulga resultados operacionais do quarto trimestre após fechamento do pregão, foi apreciada em 2,4%.

– EMBRAER (EMBR3) subiu 8,5%, liderando ganhos do setor de aviação e turismo. GOL (GOLL4) avançou 4,5%, AZUL teve alta de 7,3% e CVC (CVCB3) se valorizou em 5,5%.

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