A Copel (CPLE6) celebrou nesta quarta-feira (14) contrato de compra e venda de ações com a Bordeaux, conforme fato relevante encaminhado ao mercado (14).
De acordo com o documento, a transação diz respeito à Copel Telecom e à Bordeaux Participações, sociedade do grupo econômico do Bordeaux Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, vencedor do certame licitatório.
Ou seja, trata-se de parte do processo de alienação de 100% das ações de emissão da Copel Telecomunicações de titularidade da companhia.
Já a conclusão da operação de alienação está sujeita ao cumprimento das condições definidas no Edital e no CCVA, inclusive às aprovações do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), bem como da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
XP Investimentos
A carta enviada pelo governo do Paraná à Copel, estabelecendo condições para a migração da empresa para o Nível 2 da B3 e pedindo distribuição de dividendos extraordinários, representa um “retrocesso” da governança corporativa para a companhia elétrica, na avaliação da XP.
“A carta do governo do Estado contrasta em muito com a independência que a gestão da Copel vem tendo desde 2019 para conduzir um dos melhores processos de melhorias operacionais da história da companhia”, escrevem os analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado.
Uma semana atrás, a Copel publicou um fato relevante contendo um ofício recebido do governo paranaense, seu acionista controlador. Na carta, o Estado condicionou a aprovação da migração da empresa do Nível 1 para o Nível 2 da B3 à realização de uma oferta secundária de ações de sua titularidade em conjunto com a oferta a ser realizada pelo BNDESPar, que pretende se desfazer da fatia de 24% na elétrica. Além disso, o governo paranaense solicitou uma distribuição de dividendos extraordinários “no maior valor possível levando-se em consideração as necessidades de fluxo de caixa da Copel ao longo de 2021.
Para a XP, os dois pontos levantados pelo governo paranaense na carta são negativos. Sobre a potencial oferta secundária, os analistas afirmam que haveria pressões de liquidez com a venda pelo Estado de uma participação adicional até 14,4% do capital total da empresa. Eles também apontam um possível desalinhamento de incentivos do governo após a oferta, tendo em vista o descasamento entre a sua posição acionária final e o poder de controle.
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