BTG Pactual (BPAC11) divulga carteira de FIIS para dezembro

BTG Pactual (BPAC11) divulga carteira de FIIS para dezembro

O BTG Pactual divulgou sua carteira recomendada de fundos de investimentos imobiliários (FIIS) para dezembro.

De acordo com relatório encaminhado ao mercado e assinado pelos analistas Daniel Marinelli e Gustavo Cambaúva, novembro ficou marcado pelas eleições norte-americanas, que sagrou Joe Biden como 47º presidente dos Estados Unidos.

Havia um grande temor acerca de uma possível judicialização dos resultados do pleito, algo que acabou não se confirmando em virtude da ampla margem alcançada pelo candidato democrata. Em relação as casas legislativas, as eleições mantiveram as configurações atuais, com o partido democrata mantendo o controle da câmara, enquanto o senado segue sob o controle dos republicanos.

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FIIS: pandemia

No que diz respeito à pandemia, o mercado respondeu de maneira positiva aos anúncios referentes aos testes das vacinas produzidas pela Pfizer e Biontech, que apresentou 90% de eficácia, o que acabou amenizando o receio dos mercados sobre os potenciais efeitos que eventuais novas ondas poderiam ocasionar nos países.

Adicionalmente, já há um movimento entre as autoridades da França e da Inglaterra visando o relaxamento das medidas de isolamento social adotadas em outubro, o que deverá culminar na reabertura gradual dos comércios e atividades não essenciais.

BTG Pactual (BPAC11) divulga carteira recomendada de FIIS para dezembro

FIIS: cenário doméstico

No cenário doméstico, o fim das eleições municipais retorna todos os holofotes do mercado financeiro para Brasília, sobretudo no andamento das reformas nas casas legislativas. Com o centro político fortalecido nas eleições de novembro e sem mais a retórica de postergação das reformas por conta do caráter impopular, as próximas semanas serão decisivas para que o Congresso dê uma sinalização sobre o rumo da política fiscal brasileira em 2021.

Para o início de dezembro, espera-se que o Senador Marcio Bittar (MDB – AC) apresente seu relatório da PEC Emergencial contendo gatilhos que reduzam as despesas e elevem as receitas tributárias em caso potencial descumprimento da regra do teto de gastos.

Na mesma toada, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP – PI) pode apresentar seu relatório sobre a Reforma Tributária contendo pautas polêmicas como a tributação de lucros e dividendos, mais uma alíquota (35%) no IRPF para uma faixa mais elevada e tributação de herança e patrimônio.

Este movimento, contudo, pode ser uma estratégia da ala ligada ao Dep. Rodrigo Maia (DEM – RJ), que tende a negociar estas pautas com a esquerda para que ela garanta votos para o seu sucessor, que será decidido no dia 04 de fevereiro de 2021.

Autonomia do Congresso

Por fim, este mês o STF irá julgar se Senado e Câmara terão autonomia para decidir se seus atuais presidentes poderão tentar a reeleição no início do ano que vem. Portanto, mais que uma sinalização sobre a credibilidade fiscal, dezembro poderá indicar quem comandará as pautas do Congresso em 2021.

Em termos do cenário econômico, o Brasil vem superando as expectativas acerca da criação de empregos. No Caged de outubro, o mercado de trabalho apresentou a abertura de 394 mil novas vagas, número acima do esperado pelo consenso do mercado (~220 mil vagas) e da média histórica de 95 mil para o mês.

FIIS: PIB

“Adicionalmente, esperamos que o PIB apresente uma forte recuperação de 9,1% no 3T20, que deverá ajudar na recuperação, ainda que em parte, das perdas expressivas de 9,7% t/t ocorridas no 2T20. Como resultado, a previsão de queda do PIB para 2020 da equipe econômica do BTG Pactual passou a ser de -4,2% (vs. -4,8% anteriormente)”, informou.

Em virtude da melhora da atividade econômica, se espera déficits primários menores em 2020 e 2021. Esse ano, a expectativa é registrar um déficit primário de aproximadamente R$ 826 bilhões (~11% do PIB), ante os R$ 863 bilhões anteriormente esperados. Todavia, o risco de não cumprimento do teto de gastos em 2021 continua desafiador, por conta:

(i) prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para 2021; (ii) aumento do diferencial entre a correção do teto de gastos via IPCA de 2,1%, e o reajuste de grande parte das despesas obrigatórias (55%) via INPC de 4,9% (vs. 4,1% anteriormente); (iii) desejo de criação de novos programas de distribuição de renda (leia-se Renda Cidadã); e (iv) eventual prorrogação do auxílio emergencial por conta do Covid-19 para 2021, caso haja novas ondas de contaminação.

Inflação

A inflação, por sua vez, vem avançando acima das expectativas do mercado, principalmente a inflação de alimentos que continua sendo o principal fator de alta (+17% a/a em 2020E), com potencial de permanecer elevada até o primeiro trimestre de 2021. Mas, por enquanto, o time econômico continua sinalizando que a maioria dos fatores são temporários e que a inflação deve desacelerar no segundo semestre de 2021. A expectativa de inflação para 2020 saiu de 3,3% a/a para 3,8% a/a, enquanto a expectativa para 2021 saltou de 3,2% a/a para 3,8% a/a.

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