Depois de pressão pelos bancões, o Banco Central anunciou uma mudança na regulação, igualando as grandes fintechs – como Nubank – aos bancos tradicionais. Com isso, a partir de janeiro de 2023, as regras para instituições de pagamento vão variar conforme porte e complexidade, seguindo o padrão que já existe para as empresas tradicionais.
“A ideia é a captura de ‘shadow banks’ (instituições que atuam como bancos, mas sem a regulação do setor), porque víamos possibilidade de crescimento (desse segmento) e hoje a regulação aplicada a eles não tinha regulação prudencial, apenas ligada à instituição”, explicou Inês Cavalcanti, assessora do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do Banco Central. Há um período de transição até janeiro de 2025.
As ações do Nubank sofrem com isso. O BDR (Brazilian Depositary Receipt) cai 3,87% para R$ 5,70 no início da tarde desta sexta-feira (11), chegando a bater R$ 5,62, o que configura sua mínima histórica. Outas instituições financeiras também recuam: Banco Inter (BIDI11) cai 3,71% para R$ 16,98, Stone (STOC31) cai 2,28% para R$ 45,93 – também batendo mínima histórica – e PagSeguro (PAGS34) recua 1,92% para R$ 12,80. Já Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) sobem no início desta tarde.
O Banco Central ressalta que a nova regulação preserva a facilidade de entrada de novas empresas no segmento de pagamentos, sem prejuízo ao aumento de competição – que era um dos argumentos usados pelas fintechs. Coíbe-se a criação de subsidiárias financeiras para “assumir novos riscos sem requerimentos prudenciais proporcionais”.
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