A bolsa de valores está ganhando cada vez mais relevância entre os brasileiros. Se antes ela estava restrita a um público seleto, versado no mercado de ações, agora ela vem se popularizando e atraindo perfis cada vez mais diversificados, dentre os quais pessoas que nunca tinham lidado com a B3 (B3SA3).
Por: Fabrízio Gueratto
E isso é uma excelente notícia, pois ganha o mercado, ganham as empresas listadas e ganha o novo investidor, desde que ele esteja minimamente instruído sobre renda variável.
B3: como começar a investir em ações?
Para não cometer erros assim que entrar na renda variável, ele precisa saber como começar na Bolsa e se atentar às pegadinhas do mercado financeiro, bem como o que não fazer ao investir em ações.
Muita gente abre mão desse segmento altamente potencializado por medo, desconfiança ou mesmo iniciativa. Entretanto, investir é mais fácil do que se imagina.
Vale ressaltar que investir em ações não é algo exclusivo para pessoas endinheiradas ou geniais. Trata-se de um exercício de análise e paciência. Ou seja, quem quer investir precisa estar bem informado, escolher os papéis que julga ser mais adequados, comprar e esperar.
B3: o que é investir em ações?
Ao adquirir uma ação, o investidor está comprando uma pequena parte de uma grande empresa. O retorno financeiro dele vai depender do desempenho operacional da companhia. Caso ela performe bem, seus papéis tendem a se valorizar.
Para melhor entendimento, suponha que uma pessoa tenha uma padaria e queira expandir a rede, abrindo para sócios.
Essa sociedade dá a ela a chance de investir em outras unidades da mesma empresa. Basicamente, investir em ações é a mesma coisa. Uma companhia abre o seu capital para captar dinheiro e investir em melhorias, expansão, entre outras possibilidades.
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B3: onde investir em ações?
Quem quer acessar o mercado de ações para fins de investimentos deve abrir uma conta em uma corretora de valores. Esta é uma instituição financeira que faz o intermédio entre o cliente e as empresas de capital aberto, que são listadas na B3.
Com isso, separei uma lista com as corretoras mais conhecidas do mercado financeiro atualmente: Nova Futura Investimentos, Modal, XP investimentos, Rico, Easynvest, e Banco Inter.
Para abrir uma conta, é muito fácil, bastando preencher com alguns dados, como nome, CPF e e-mail. Em torno de 24 horas, a conta já estará aberta e será possível começar a investir em ações.
Em seguida, é necessário transferir dinheiro da conta bancária para a corretora escolhida. O dinheiro será vinculado ao CPF. Dessa forma, ele só transitará para lugares onde há autenticação do responsável.
O investidor também pode perder dinheiro
O mercado de renda variável é também chamado mercado de riscos. Significa dizer que quem quer ganhar deve estar disposto a tomar riscos para fazê-lo.
O investidor deve saber o quanto está disposto a perder para ganhar. Trata-se de uma pergunta que ele precisa se fazer a cada movimento de compra e venda.
Isso porque a oscilação costuma ser constante na bolsa. Com isso, se faz importante definir uma porcentagem do patrimônio que não irá impactar a vida financeira, caso as ações despenquem e esse dinheiro seja perdido.
Bolsa: o Ibovespa é um investimento?
O Ibovespa é o índice da B3, ou seja, um indicador do comportamento das ações mais negociadas na bolsa.
Não é possível investir no Ibovespa, mas é possível investir em um ETF (Exchange-Traded Fund), sendo este um fundo de investimento negociado na bolsa de valores, exatamente como uma ação. Ele reproduz fielmente o Ibovespa, com as mesmas proporções e pesos.
A partir de R$ 100 já é possível investir no ETF chamado de BOVA11, onde estará investindo em 74 empresas da bolsa.
A maior vantagem desta estratégia é que não concentra o investimento em apenas uma empresa ou único setor.
Bolsa: carteira de ações
Após um tempo estudando sobre investimento e se aprofundando no mercado financeiro, é possível criar a própria carteira de ações.
A melhor forma de iniciar este passo minimizando as chances para erros é acompanhar as recomendações das corretoras, pois elas desenvolvem uma carteira recomendada mensal, que nada mais é do que uma indicação das melhores ações para se investir naquele período. Elas consideram a estabilidade da empresa, das ações e do setor.
Já o volume de ações em carteira, recomendado pela maioria dos analistas consultados por esta coluna, é entre 10 e 30.
Menos que isso, disseram, aumentará as chances de perder dinheiro, já que concentrará o risco em poucas empresas.
Quanto mais ações tiver, mais equilibrada a carteira será. E sempre priorize as “Blue Chips”, ou seja, as empresas que estão em excelente condição financeira e consolidadas como líderes em seus ramos.
O que fazer e o que não fazer ao investir em ações
Além de saber como entrar na bolsa de valores, é necessário se atentar também às pegadinhas do mercado financeiro e o que não fazer ao investir em ações:
- 1- Apostar em uma única ação
Diversifique sua carteira. Escolha diversos setores para concentrar as ações. Essa é uma forma segura de se equilibrar na bolsa.
- 2- Foco em ações a longo prazo
Investir em ações não deve ser uma aposta. É um investimento focado no longo prazo. Investidor inteligente é aquele que sempre pesquisa sobre a empresa que está colocando seu dinheiro.
- 3 – Não se desespere quando as ações caírem
A bolsa de valores oscila constantemente, portanto, é necessário preparação para isso. E, quando as ações caírem, mantenha a calma, pois o prejuízo só existe quando se vende as ações, ou seja, quando se zera a posição.
- 4- Não fique especulando
Especular é coisa de quem quer ganhar dinheiro rápido. Quando estamos falando de ações, isso não existe.
- 5- Não seja impulsivo na hora de comprar e vender uma ação
Pense, analise e leia muito antes de tomar qualquer decisão. Consulte pessoas mais experientes e pergunte a opinião delas.
- 6- Não entre com mais dinheiro do que seu emocional aguenta
A instabilidade da bolsa é constante, comece com pouco e vá aumentando.
- 7 – Não olhe o home broker todos os dias
Faça um acompanhamento saudável. Isso não significa olhar todos os dias. É preciso manter o equilíbrio. Não abandonar a ação na carteira, mas também não ficar checando de hora em hora.
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