Nesta terça-feira (19), a Petrobras (PETR3 e PETR4) informou que poderá não suprir toda a demanda de combustíveis para o mês de novembro. Segundo a empresa, houve uma quantidade atípica de pedidos de fornecimento, superando os meses anteriores e a capacidade de produção.
De acordo com a Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom, a petroleira avisou diversas associadas sobre cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel para o próximo mês.
“As reduções promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em situação de potencial desabastecimento”, afirma a Brasilcom.
Risco de desabastecimento
Segundo a Petrobras, os cortes vieram devido a uma alta demanda em um curto período. Desta forma, a empresa afirma estar atendendo todos os contratos com distribuidoras, seguindo os termos, prazos e capacidade disponível.
“Na comparação com novembro de 2019, a demanda dos distribuidores por diesel aumentou 20% e a por gasolina 10%, representando mais de 100% do mercado brasileiro”, destacou a petroleira.
Por outro lado, a empresa destacou que está operando seu parque de refino com fator de utilização de 90%. Assim, superando os 79% usados no primeiro semestre do ano.
Rumores sobre privatização
Na quinta-feira passada (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar sobre o seu anseio em privatizar a Petrobras. Durante entrevista, o mesmo ressaltou sua insatisfação pela falta de liberdade em opinar no preço do combustível, já que o mesmo é apontado como culpado pela elevação.
“Eu já tenho vontade de privatizar a Petrobras. Vou ver com a equipe econômica o que a gente pode fazer porque, o que acontece? Eu não posso, não é controlar, mas não posso melhor direcionar o preço do combustível, mas quando aumenta a culpa é minha. Aumenta o gás de cozinha, a culpa é minha, apesar de ter zerado o imposto federal”, destacou o presidente.
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