A comercializadora de eletricidade Focus Energia contratou bancos para coordenar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que visa levantar recursos para investir em ativos de geração.
A divulgação sobre a operação, que será coordenada por Morgan Stanley, Citibank e Santander Brasil, confirma reportagem publicada mais cedo pela Reuters, citando fontes, que a Focus havia selado acordo com os bancos sobre a oferta.
IPO
O IPO envolverá oferta primária e secundária de ações, de acordo com o prospecto preliminar da operação.
A Focus planeja usar os recursos da oferta primária para construir usinas solares para atender a demanda no mercado livre de energia, no qual indústrias e empresas negociam suprimento de energia e preços direto com geradores e comercializadoras.
Movimento
O movimento da Focus vem em meio a um momento de negócios aquecidos no mercado livre de eletricidade, que tem atraído interesse de bancos e fundos de investimento.
O plano de IPO ainda segue-se à desistência de operações de abertura de capital por duas empresas de comercialização de energia, a Compass, da Cosan, e a 2W Energia, que citaram condições adversas de mercado.
Cruzeiro do Sul
A Cruzeiro do Sul Educacional – quarto maior grupo de ensino superior e dono de faculdades como Positivo e Braz Cubas – pretende captar entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO), prevista para ocorrer no fim do ano, segundo o Valor apurou.
Esse montante refere-se à oferta primária, cujos recursos levantados serão 93% destinados a fusões e aquisições e o restante para crescimento orgânico.
O grupo educacional também realizará uma oferta secundária, mas os atuais acionistas devem reduzir pouco suas respectivas participações, segundo fontes.
Os sócios da Cruzeiro do Sul são as famílias Figueiredo e Padovesi, que juntas detêm 56,5% do capital da companhia, e o fundo soberano de Cingapura (GIC), com uma fatia de 43,4%.
A Cruzeiro do Sul Educacional conta com 330 mil alunos distribuídos entre 25 campi e 1,2 mil polos de ensino a distância.
Nos nove primeiros meses do ano, o grupo apurou uma receita líquida de R$ 1,3 bilhão, o que representa um aumento de 20% sobre o mesmo período de 2019. Já na última linha do balanço, a companhia registrou um prejuízo de R$ 78 milhões.
Neste ano, a Cruzeiro do Sul fechou duas aquisições. Em fevereiro comprou o centro universitário Braz Cubas, em São Paulo, por R$ 160 milhões, e em março pagou R$ 550 milhões pela Universidade Positivo, em Curitiba.
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