Todo mundo tem o sonho de se tornar um milionário, mas a maior parte das pessoas não cria estratégia para chegar lá, incluindo iniciativas de investimentos no mercado acionário.
Por: Fabrizio Gueratto
Alguns acreditam que comprar ações de Oi (OIBR3 e OIBR4), IRB Brasil RE (IRBR3) e Via Varejo (VVAR3) é o melhor caminho para conquistar os 7 dígitos na conta bancária.
Outros jogam na Loteria toda semana. Será que não existe uma fórmula de como chegar lá?
Investimentos: sem fórmula mágica
Não existe fórmula mágica, mas existe uma estratégia que funciona. Quem quer alcançar seu primeiro R$ 1 milhão terá que trabalhar muito, mas só isso não basta.
Tornar-se um investidor de ações, unicamente, também não vai te deixar rico da noite para o dia.
Muito pelo contrário: sem conhecimento você pode sair no prejuízo ao aplicar seu dinheiro na B3 (B3SA3).
Guilherme Leal, fundador da Natura (NTCO3), tem origem humilde, começou cedo e manteve a rotina de estudos e trabalho até se formar em Administração de Empresas.
No início da década de 70, com apenas 20 anos, iniciou sua própria venda de cosméticos, determinado, e poucos anos depois abriu sua primeira loja.
Hoje, a Natura se tornou uma das marcas mais bem-sucedidas do Brasil, com mais de sete mil funcionários, atuando em mais de 70 países.
Atualmente, a fortuna de Guilherme é estimada em US$ 1,2 bilhão.
Investimentos: estratégia inteligente
Observando a trajetória de empresários bilionários como Guilherme Leal, é possível perceber que existe, sim, uma estratégia inteligente para alcançar sua própria fortuna.
Preparei uma lista com os 10 motivos mais comuns que explicam porque as pessoas não conseguem alcançar R$ 1 milhão.
1) Falta de disciplina
A falta de organização financeira impacta diretamente no nosso patrimônio. Você pode ser o profissional mais bem sucedido da sua área, mas sem organização financeira, você dará passos maiores que as pernas, correrá riscos desnecessários e não alcançará seus objetivos.
Lembre-se, apesar de termos aprendido o contrário, o primeiro dinheiro que entra é o que guardamos, e não o que sobra.
Disciplina é a parte mais importante da vida financeira (investimentos). Confio mais em quem guarda todos os meses do que quem fez uma pequena fortuna e tenta pegar atalhos para multiplicar.
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2) Falta de conhecimento
Desde pequenos não somos incentivados na escola a praticar organização financeira. A busca constante pelo conhecimento será fundamental na conquista dos seus objetivos. Registre seus gastos e calcule suas despesas.
O dinheiro que está na sua conta não necessariamente deve estar disponível para ser gasto. Ele deve ser distribuído entre contas, reservas e, por último, prazeres (investimentos).
A internet nivelou o conhecimento a que todos têm acesso. Não existe mais desculpa para a falta de educação financeira.
3) Comodismo na fonte de renda
Quem mais precisa muitas vezes é quem menos faz e quem mais reclama. Vi muito isso no mundo corporativo.
A tecnologia está evoluindo muito rápido e é necessário se atualizar com ela. Saia da zona de conforto. Faça diferente dos outros. Inspire-se em alguém que represente sucesso para você e busque aplicar em sua vida, o que a pessoa aplicou.
Busque especializações, aprender novas línguas e cultivar novas experiências. É impossível você achar que irá crescer se durante os últimos 3 meses fez exatamente as mesmas coisas.
O milionário é uma pessoa inquieta. Está sempre buscando novas formas de ganhar mais dinheiro.
4) ‘Porque a vida é agora’
Os endividados são pessoas que não pensam no dia seguinte, afinal, eles sempre dão um jeito. É necessário abrir mão de certos prazeres para alcançar os objetivos financeiros.
Às vezes, não é preciso eliminar aquele hábito ou prazer da sua vida, mas diminuir a frequência.
Quem pensa apenas em realizar todos os desejos que possui provavelmente terminará a vida sendo sustentado pelos filhos, e isso não tem a ver com classe social. Tem a ver com comportamento.
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5) Influência dos nossos pais
A nossa maior referência de vida são os nossos pais. Naturalmente, herdamos hábitos deles, sejam eles bons ou ruins.
Procure entender de onde vem a sua falta de organização financeira. Não cometa os mesmos erros que os pais, aprenda com eles, mesmo que seja através do próprio erro deles.
Um grande exemplo é a curva X. Entre 35 e 40 anos chegamos no ápice dos nossos ganhos financeiros, depois passamos pelo downgrade que em geral é quando começamos a ganhar menos dinheiro.
Este processo é algo natural, pois pessoas novas entram no mercado de trabalho com muito mais sede de vencer e, dessa forma, quem já está nessa faixa etária passa a ganhar menos.
Por isso, muitas pessoas no fim da vida passam necessidade. Precisamos entender que nossos pais talvez tenham aprendido com nossos avós comportamentos ruins.
Não podemos achar normal fazermos dívidas. Não podemos achar normal não guardarmos dinheiro. Não podemos achar normal vivermos em um padrão acima do que podemos.
6) Falta de metas na vida (investimentos)
Quando temos uma meta, nos expomos à frustração. Por isso, muitos não têm metas. Este hábito é um aliado do comodismo.
É importante desenvolver metas de curto, médio e longo prazo. O sentimento de concluir uma meta é de realização, e isso te incentiva a conquistar as próximas metas.
Até perda de peso necessita de uma meta. Portanto, seu dinheiro também requer um propósito. Defina em quanto tempo deseja ter R$ 10 mil, R$ 100 mil e R$ 1 milhão.
7) Viver a vida da rede social
Não se permita ser enganado pelas redes sociais. A vida através da tela do celular é perfeita. É preciso entender que o que vemos nas redes sociais é utópico.
Ninguém tem o hábito de divulgar as frustrações e dívidas nas redes. Entenda que aquilo é apenas uma parte da verdade.
Compreenda que os padrões observados nas redes estão fora da sua realidade. Muitas das pessoas que estão viajando para fora do país, em belos hotéis e bons carros, na verdade estão endividadas. Não tente acompanhar o outro.
Às vezes o gramado do vizinho realmente é mais verde, mas a grama é sintética.
8) Falta de mindset empreendedor
Você pode continuar sendo funcionário, mas é preciso pensar fora da caixa para aumentar sua renda extra.
Seja empreendedor no ambiente de trabalho. Inove, traga boas ideias para seu chefe. Traga projetos em que você possa ter um percentual do lucro.
Além disso, observe os hábitos das pessoas ao seu redor e perceba como você poderia ganhar dinheiro com isso.
Abra um pequeno negócio para complementar sua renda mensal (investimentos). Enquanto isso, busque conhecimento para realmente virar a chave e se tornar um empreendedor abrindo seu próprio negócio.
Não, não é fácil e envolve riscos e incertezas. Mas costumo dizer que a coisa mais arriscada que podemos fazer na vida é não corrermos riscos.
9) O veneno dos gastos fixos
Economize no essencial para poder gastar no supérfluo. Parece loucura esta frase, mas sempre utilizei ela na minha vida. Manter os gastos fixos baixos é uma estratégia inteligente.
É mais fácil cortar gastos extras do que os gastos fixos. Ao sair da casa dos pais, procure um local que não consuma mais de 30% do seu salário com aluguel e, se possível, que seja próximo ao trabalho para economizar com transporte.
Reveja todos os gastos que consomem dinheiro regularmente todos os meses. O ideal é que estes gastos somados jamais ultrapassem 70% da sua renda.
O ideal é 50%. Voltando à frase sobre economizar no essencial para gastar no supérfluo, vou explicar… Ninguém tem prazer em pagar o aluguel, uma conta de água ou de luz.
Mas temos prazer em comer fora com nossos amigos. Quanto mais redonda nossas finanças estiverem em relação aos gastos fixos, mais teremos dinheiro para investir e aproveitar a vida.
10) Falta de Network (investimentos)
Ter uma boa rede de contatos é uma chave essencial para o sucesso. Comprometa-se sempre a aumentar essa rede de relacionamentos.
Relacione-se com pessoas que você admira. Frequente os lugares que essas pessoas frequentam. Relacionamento é um ativo que ninguém pode tirar de nós. Se você não aumenta semanalmente o seu círculo de amizades, você tem um problema.
Caminhar sozinho no mercado de trabalho é muito difícil. Se fosse um acadêmico, a minha tese de doutorado seria baseada na relação entre sucesso profissional e o número de reuniões que você consegue fazer.
Acredite, com quanto mais pessoas você conversar sobre investimentos, carreira e empreendedorismo, menor será seu risco de quebrar ou ficar desempregado.
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