Investidores estrangeiros retiram R$ 4,8 bilhões da Bolsa de Valores; entenda o impacto

A queda do Ibovespa para 110 mil pontos é vista como um dos principais motivos para esse cenário

No mês de setembro, a Bolsa de Valores brasileira (B3) registrou um número negativo em relação ao fluxo de capital de investidores estrangeiros, com o recuo de R$ 4,8 bilhões. Desta forma, o saldo ficou no vermelho em relação ao mês de agosto, que obteve R$ 8,5 bilhões de novos aportes.

Logo, a queda do Ibovespa de 120 mil pontos para 110 mil no final de setembro é vista como um dos principais fatores para esse cenário de retirada de capital do Brasil.

Razões da saída dos estrangeiros

De acordo com a XP Investimentos, as condições internas e externas motivaram a retirada do fluxo de capital dos estrangeiros na Bolsa de Valores

Isso porque o mercado financeiro brasileiro foi fortemente abalado por projeções inferiores do potencial de crescimento em 2022. Tais como, a elevação da inflação, taxa Selic em alta, crise hídrica e eleições se aproximando cada vez mais.

No mercado externo, a volatilidade se encontra muito maior devido a crise no setor imobiliário e energético da China, assim como a previsão de que o Federal Reserve (sistema de bancos centrais dos EUA) deve iniciar a retirada de aportes este ano.

Investimentos preferidos

Em suma, as ações queridinhas dos investidores estrangeiros são as de grandes empresas, que se encontram entre as mais negociadas na B3. Ou seja, aquelas que apresentam maior liquidez e solidez.

Portanto, elas detém uma quantidade volumosa de papéis circulando na Bolsa. Logo, grande parte delas possuem aportes de estrangeiros. Isto posto, quando eles se desfazem dessas ações, seus preços despencam.

Afinal, os investidores do exterior proporcionam um grande volume de recursos para a Bolsa de Valores brasileira. Por essa razão, eles almejam grandes ativos.

Investidores estrangeiros retiram R$ 4,8 bilhões da Bolsa de Valores; entenda o impacto
Bolsa de Valores brasileira

Impacto na Bolsa de Valores

Em resumo, na Bolsa de Valores brasileira, os investidores estrangeiros detém uma predominância, com 50,6% dos investidores. Já as instituições e empresas, possuem 26,4%. Por fim, as pessoas físicas representam 16,9% dos investimentos. 

Sendo assim, a retomada de aportes dos estrangeiros na B3 trará melhorias referente a trajetória fiscal, política do Brasil e andamento da recuperação econômica. Além disso, proporciona um cenário positivo às commodities e aos mercados emergentes.

Embora tenha apresentado um saldo negativo de capital do exterior, no mês de setembro, notou-se que houve um aumento na quantidade de investidores pessoas físicas. Ou seja, mais 51.328 pessoas, totalizando 3.970.384.

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