Os investidores estrangeiros levaram a melhor e ficaram com a maior parte, cerca de 34%, das ações da companhia BR Distribuidora (BRDT3), vendidas pela Petrobras (PETR3 e PETR4).
A operação foi o ponto final para a estatal, a qual saiu completamente do quadro de acionistas da distribuidora, que até então era uma subsidiária da petroleira.
A oferta subsequente de ação, também chamada de follow on, foi realizada no final de junho. Com isso, a Petrobras anunciou ao mercado todos os seus ativos da companhia, líder na distribuição de combustíveis e lubrificantes no país.
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Detalhes da operação
De acordo com o anúncio de encerramento da operação, os estrangeiros adquiriram cerca de 149,058 milhões de ações vendidas pela Petrobras. Isso é cerca de 34% do total dos papéis (436,875 milhões de ativos).
A venda incluiu as ações subscritas pelo Morgan Stanley, coordenador e líder da oferta, assim como suas afiliadas. Além disso, com o valor por ativo à R$ 26, a Petrobras arrecadou cerca de R$ 3,9 bilhões só com a venda aos estrangeiro. Ao todo, a oferta movimentou um total de R$ 11,4 bilhões aos bolsos da petroleira.
Boas expectativas
De acordo com o banco Credit Suisse, com a saída da Petrobras, há uma expectativa de aumento em 46% sobre as ações da BR Distribuidora.
Agora em 2021, os papéis da distribuidora chegaram a um crescimento de 20%. O crescimento foi alavancado com os resultados que a empresa apresentou no primeiro trimestre. Dessa forma, a companhia também teve uma maior participação no mercado nesse período, fato que surpreendeu positivamente os investidores.
Além disso, os ativos da BR Distribuidora devem ganhar mais com o avanço da vacinação no país, pois isso irá permitir a tão esperada retomada econômica. Outro fator é a privatização das refinarias, que também é um ponto positivo para os negócios da distribuidora.