Embora o Ibovespa tenha apresentado o pior resultado mensal deste ano, com baixa de 6,74%, algumas empresas protagonizaram altas na Bolsa de Valores. Bem como, as ações da Ambev (ABEV3), que dispararam 11,63%.
Desse modo, em um cenário de incertezas e repulsa aos riscos, as ações que valorizaram no mês de outubro foram de companhias boas geradoras de caixa e com demandas garantidas. Assim como, o setor de energia elétrica, que apresentou índices de recuperação graças à retomada dos reservatórios e se beneficiou da busca por segurança.
No entanto, o protagonismo deste mês ficou com a Ambev, empresa voltada para a produção de bebidas, que apresentou ganhos de participação no mercado após a divulgação do balanço trimestral deste mês.
Ambev, protagonista do Ibovespa
Em resumo, a maior produtora de cervejas do país, a Ambev, conquistou o primeiro lugar entre as empresas mais valorizadas do Ibovespa em outubro. Com efeito, principalmente, ao balanço trimestral que superou as expectativas do mercado,
Nesse sentido, a Ambev apresentou um lucro de R$ 3,7 bilhões, ou seja, um crescimento de 57,4% frente ao mesmo trimestre do ano passado, que registrou um lucro de R$ 2,3 bilhões. Logo, a receita líquida da companhia foi de R$ 18,492 bilhões, uma alta de 20,8% na base anual.
Neste trimestre, a Ambev registrou o maior volume até hoje, com crescimento de 7,7% frente ao mesmo período em 2020.
Para a XP Investimentos, o balanço financeiro trimestral da Ambev apresenta um crescimento expressivo, embora haja pressão das margens em razão do câmbio e da escalada do preço das commodities.
Maiores quedas do Ibovespa
Mais uma vez, o Brasil teve um mês marcado por turbulências, desde incertezas políticas, com a dúvida se Paulo Guedes seguiria ou não no cargo, novas propostas do teto de gastos, entre outras. Com isso, o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, também sofreu.
Entre as 89 ações que compõem a carteira teórica, apenas 13 fecharam outubro com altas. As cinco empresas que registraram as maiores quedas do índice apresentaram uma desvalorização de 25% a 44%. Entre elas: Méliuz (CASH3), Azul (AZUL4), Alpargatas (ALPA4), Gol (GOLL4) e CVC (CVCB3).
Sendo que, a Méliuz se destacou com a maior queda, tendo um recuo de 45%. Logo, é possível observar que o setor mais afetado do mês foi o de turismo.
Além disso, na última semana, houve o aumento da taxa básica de juros (Selic), que ficou a 7,75% ao ano. Com efeito, as ações que mais castigadas foram aquelas que sofreram com a alta dos juros.
Para Stefany Oliveira, analista da Toro Investimentos, empresas com crescimento acelerado tendem a ser as mais afetadas pela correção nos preços em cenários de juros elevados. Assim como, a Méliuz e o Banco Inter.
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