A 3R Petroleum Óleo e Gás iniciou sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A empresa quer levantar R$ 800 milhões para o caixa.
Segundo o Valor Econômico, a área técnica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) chegou a vetar a análise da oferta, que foi liberada após a empresa recorrer ao colegiado da autarquia.
A petroleira
Conforme o jornal, a petroleira que chegará à bolsa é resultado da união de duas empresas hoje controladas pela gestora Starboard: a 3R Participações, criada em 2014, e a Ouro Preto, adquirida de Rodolfo Landim no início do ano.
A área técnica da CVM se incomodou com a operação por entender que ela envolve duas empresas: uma que pede o registro de companhia aberta e
Os técnicos
Os técnicos fizeram essa avaliação porque o pedido de registro de companhia aberta foi feito pela Ouro Preto. E a operação previa que, assim que ele saísse, a Ouro Preto partiria para uma reorganização societária, com a incorporação da 3R Participações, dando origem a uma nova empresa combinada, a 3R Petroleum Óleo e Gás — que é quem vende as ações
O ponto levantado pelos técnicos foi o de que a empresa a fazer a oferta seria quatro vezes maior do que a que pediu o registro de companhia aberta. Nesse sentido, as demonstrações financeiras apresentadas pela empresa na hora do registro não seriam condizentes com os números da companhia que sai com a oferta. E, por isso, a CVM não faria a análise
IPO: CVM
Para as superintendências de relações com empresas e de registros de valores mobiliários da CVM, a empresa poderia fazer primeiro a reestruturação societária para depois entrar com o pedido de registro de companhia aberta e de oferta de ações. Há outros exemplos de empresas que nasceram da união de outras no momento da oferta, mas a área técnica ob
A 3R apresentou dados pro forma da companhia combinada e argumentou que não haveria mudança patrimonial relevante na combinação dos negócios.
IPO: colegiado
Ao examinar o assunto, o colegiado da CVM aceitou as demonstrações apresentadas pela companhia, incluindo os dados pro forma, e pediu que o prospecto da oferta trouxesse o detalhamento das operações societárias. Na ata que esclarece a decisão, os diretores da CVM destacam que a função do mercado de capitais é “financiar a atividade produtiva e a ex
“Assim, é natural que certos negócios (…) sejam condicionados à conclusão bem-sucedida de uma oferta pública de valores mobiliários. É natural, portanto, que a companhia emissora passe por alterações relevantes durante ou imediatamente após a oferta”, diz a ata.
Empecilho
Na visão do colegiado, essa situação não deve ser empecilho para que companhias acessem o mercado. “Cabe ao regulador, por meio de exigências informacionais, prestigiando o princípio do full and fair disclosure, assegurar que o mercado esteja amparado por informações materialmente completas e fidedignas, que reflitam adequadamente os riscos”, diz o
Nos documentos, não há explicação pública para a decisão de sair com a oferta junto da reestruturação. Uma explicação, avaliam especialistas ouvidos pelo Valor, seria o desejo de aproveitar a janela favorável para IPOs de agosto, quando a empresa deu entrada no processo na CVM. Procurada, a controladora Starboard não deu entrevista, alegando o perí
As informações sobre a reestruturação societária estão no prospecto, como pediu o colegiado. Ambas as empresas possuem ativos no Rio Grande do Norte, o que tende a significar captura de sinergias com a operação. Na união de Ouro Preto e 3R, haverá ainda um aumento de capital para a entrada da DBO Energia.
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